TikTok: Trump e Xi aprovam acordo para operação nos EUA — A plataforma de vídeos curtos continuará ativa no mercado norte-americano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, concordarem, por telefone, com a venda das operações locais da rede social a um consórcio de investidores dos EUA.
O telefonema, realizado na sexta-feira, foi descrito por Trump como “produtivo”. Ele afirmou ter agradecido a Xi pela sinalização positiva ao acordo, que prevê a manutenção do aplicativo sob “controle muito rígido” de autoridades americanas.
TikTok: Trump e Xi aprovam acordo para operação nos EUA
Detalhes preliminares indicam que empresas como Oracle, cofundada pelo aliado de Trump Larry Ellison, devem integrar o grupo comprador. O ponto sensível continua sendo a posse do algoritmo que recomenda conteúdo aos 170 milhões de usuários americanos — ativo considerado estratégico tanto por Washington quanto por Pequim.
Embora o presidente dos EUA tenha adiado quatro vezes a entrada em vigor de uma proibição total ao app desde janeiro, o novo prazo foi estendido novamente para dezembro, à espera da formalização do negócio. “Esperamos fechar o acordo em breve”, declarou Trump a repórteres.
Do lado chinês, a agência estatal Xinhua afirmou que Pequim “acolhe negociações comerciais baseadas em regras de mercado”, mas reforçou que qualquer solução precisa observar as leis chinesas. ByteDance, controladora do TikTok, divulgou nota confirmando que seguirá “de acordo com a legislação aplicável” para manter o serviço disponível nos Estados Unidos.
Parlamentares americanos, inclusive do Partido Republicano, manifestam cautela. O deputado John Moolenar, que preside o Comitê sobre o Partido Comunista Chinês na Câmara, teme que um eventual licenciamento do algoritmo permita influência de Pequim sobre o fluxo de dados.
Trump e Xi também combinaram um encontro presencial na Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que começa no fim de outubro na Coreia do Sul. O líder norte-americano mencionou ainda uma visita a Pequim no início de 2025, enquanto Xi deverá ir aos EUA “em momento apropriado”.
Segundo a agência Reuters, as conversas entre Washington e Pequim avançam paralelamente em temas como tarifas, exportações de minerais raros e restrições a tecnologias sensíveis.
O futuro da rede social é crucial para a campanha de Trump em 2024, que vê na plataforma um elo direto com eleitores jovens. Para saber como a tecnologia molda negócios e política, visite a seção de Ciência e tecnologia e acompanhe nossas atualizações.
Crédito da imagem: Reuters