TikTok nos EUA ganhou sobrevida depois que o presidente Donald Trump afirmou ter fechado um acordo com Pequim para manter a rede social em operação no país.
Ao deixar a Casa Branca rumo ao Reino Unido, Trump declarou a repórteres que falará com o presidente Xi Jinping na sexta-feira, para “confirmar tudo”. O prazo para a venda da filial norte-americana, antes marcado para janeiro, foi estendido novamente e agora termina em 16 de dezembro.
TikTok permanecerá nos EUA após acordo, diz Trump
Segundo fontes citadas pelo Wall Street Journal, a nova estrutura envolverá um consórcio de investidores formado pela Oracle, a gestora Silver Lake e a Andreessen Horowitz. A entidade criada nos Estados Unidos deterá cerca de 80% de participação nacional e terá um conselho majoritário americano, com um assento indicado pelo governo.
Modelo de negócios e proteção de dados
O plano prevê que usuários norte-americanos sejam migrados para um aplicativo em testes, cujo algoritmo de recomendação será licenciado da ByteDance. A Oracle seguirá hospedando os servidores em território estadunidense, ponto considerado crucial por parlamentares preocupados com possível acesso de Pequim a dados sensíveis.
Pressão política e judicial
Em janeiro, a Suprema Corte manteve a lei aprovada em abril de 2024 que proibia o app caso a venda não ocorresse. O Departamento de Justiça classificou o TikTok como “ameaça à segurança nacional em escala imensa”, mas a ByteDance sustenta que suas operações nos EUA são autônomas e não compartilham informações com o governo chinês.
Do outro lado, autoridades de Pequim indicaram que examinarão a exportação de tecnologia e a concessão de licenças de propriedade intelectual, condição para o acerto avançar. O vice-chefe da Administração do Ciberespaço da China, Wang Jingtao, disse que a análise será feita “de acordo com a lei”.
Embora tenha defendido o banimento do aplicativo no primeiro mandato, Trump recuou diante das negociações comerciais em curso. Analistas veem o acordo como um gesto para destravar outras tratativas bilaterais. Detalhes adicionais podem ser divulgados nas próximas 30 a 45 dias, prazo estimado por fontes da Wall Street Journal.
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Crédito da imagem: Getty Images
