TikTok arrisca novo bloqueio nos EUA se China não ceder controlo

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, advertiu que o TikTok poderá voltar a ficar inacessível no país caso a China não aceite transferir maior controlo da aplicação para entidades norte-americanas. A declaração foi feita na quinta-feira, 24, reacendendo o impasse que envolve Washington, Pequim e a ByteDance, proprietária da rede social.

Pressão sobre Pequim para cedência de controlo

Segundo Lutnick, a decisão de impedir o funcionamento do TikTok no mercado norte-americano está tomada se não houver concessões por parte de Pequim. O governante argumenta que a presença de uma plataforma sob influência chinesa em cerca de 100 milhões de dispositivos dos Estados Unidos representa um risco que a administração de Donald Trump considera inaceitável.

A aplicação já tinha sido suspensa em janeiro, mas retomou atividade no dia seguinte. Desde então, a Casa Branca insiste numa solução que reduza a participação chinesa na gestão do serviço e garanta a salvaguarda dos dados dos utilizadores.

Venda continua sem conclusão

O bloqueio iminente resulta de uma lei aprovada em 2024, que obriga a ByteDance a alienar a operação norte-americana do TikTok. Embora o Congresso tenha fixado vários prazos, todos foram sucessivamente prorrogados pelo presidente, agora no seu segundo mandato, para permitir negociações com compradores dos Estados Unidos.

Em junho, o prazo foi estendido até setembro, após Donald Trump afirmar que um acordo estava “praticamente fechado” com um consórcio privado cujos membros permanecem confidenciais. A ByteDance confirmou conversações, mas qualquer transação carece de aprovação do governo chinês, condição que continua pendente.

Até ao momento, não há previsão de resolução. Se as exigências norte-americanas não forem aceites, o TikTok poderá enfrentar um novo bloqueio nos Estados Unidos já nos próximos meses.

Imagem: miss.cabul via olhardigital.com.br