Thaksin Shinawatra deve cumprir um ano de prisão, decide corte

Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro da Tailândia, foi sentenciado nesta terça-feira (-/-) a cumprir um ano de prisão em regime fechado, após a Suprema Corte considerar ilegal sua transferência para um hospital de luxo logo após sua condenação por corrupção em 2023.

O tribunal concluiu que o político, de 76 anos, “não se encontrava em condição crítica” quando deixou a cela poucas horas depois de ingressar no presídio, contrariando normas do sistema penal. Com isso, o magistrado determinou o retorno imediato de Thaksin ao complexo penitenciário de Bang Kwang, em Bangcoc.

Thaksin Shinawatra deve cumprir um ano de prisão, decide corte

Figura central na política tailandesa desde sua eleição em 2001, Thaksin havia recebido pena original de oito anos por corrupção e abuso de poder, reduzida a um ano por indulto real. Entretanto, passou apenas seis meses em tratamento hospitalar, no chamado “caso do 14º andar”, alimentando críticas de favorecimento a ricos e poderosos.

Na decisão divulgada hoje, o juiz salientou que, apesar de doenças crônicas, o ex-líder podia ser tratado como paciente externo. A conclusão reacende o debate sobre desigualdade no sistema de Justiça tailandês, tema que ganhou repercussão internacional em veículos como a BBC.

Horas antes da audiência, Thaksin regressou de Dubai, onde alegou realizar exames médicos. Chegou ao tribunal sorridente, trajando terno escuro e gravata amarela — cor ligada à monarquia — acompanhado da filha Paetongtarn, que afirmou estar “preocupada, porém confiante” no estado de espírito do pai.

A família Shinawatra enfrenta sucessivos reveses políticos. Paetongtarn perdeu o cargo de líder da oposição no mês passado após o vazamento de uma ligação com o ex-premiê cambojano Hun Sen. Paralelamente, o parlamento tailandês elegeu Anutin Charnvirakul como novo chefe de governo, rompendo a coalizão liderada pelo Pheu Thai, partido fundado pelos Shinawatra.

Em comunicado nas redes sociais, Thaksin declarou que, “mesmo sem liberdade física, manterá a liberdade de pensamento em prol do país”. Ele também reiterou lealdade à monarquia e prometeu cooperar com a Justiça.

O desenrolar do caso é visto por analistas como novo capítulo de instabilidade política em Bangcoc, onde manifestações populares costumam ganhar força sempre que o clã Shinawatra volta ao centro das atenções.

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Crédito da imagem: EPA

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