Teste rápido detecta metanol em garrafas lacradas com luz

Teste rápido detecta metanol em garrafas lacradas com luz

Teste rápido detecta metanol em garrafas lacradas com luz e ganha relevância no Brasil após o aumento de intoxicações causadas por bebidas adulteradas. Desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o método oferece resultado em poucos minutos e não exige abertura da embalagem.

Com custo baixo e precisão de até 97%, o equipamento surge enquanto autoridades contabilizam 113 notificações de envenenamento por metanol em seis estados, 11 delas confirmadas em São Paulo. A principal suspeita recai sobre o uso irregular da substância na higienização de garrafas.

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Teste rápido detecta metanol em garrafas lacradas com luz

A inovação funciona a partir da emissão de luz infravermelha diretamente sobre o líquido. A radiação agita as moléculas da bebida e, em seguida, um software identifica assinaturas incomuns, apontando a presença de metanol ou até de água adicionada para diluição. Todo o processo dispensa reagentes químicos, reduzindo custos e riscos ambientais.

Como funciona a tecnologia da UEPB

Validada em artigos na revista Food Chemistry, a técnica foi testada inicialmente em cachaça, mas pode ser aplicada a outros destilados. Os pesquisadores estudam levar o sistema a laboratórios e órgãos de fiscalização. No futuro, pretendem lançar um canudo que muda de cor ao entrar em contato com metanol, levando a checagem diretamente ao consumidor final.

Respostas emergenciais do governo

Enquanto a academia atua na prevenção, o poder público corre para tratar vítimas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a produção industrial do etanol farmacêutico, antídoto utilizado contra intoxicações por metanol. O Ministério da Saúde já adquiriu 4,3 mil ampolas e negocia mais 150 mil unidades para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O país ainda não fabrica fomepizol, outro antídoto internacionalmente recomendado. Por isso, a ampliação da oferta de etanol injetável é vista como medida crítica para evitar mortes no curto prazo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o metanol pode causar cegueira, falência de órgãos ou morte em doses pequenas, motivo pelo qual soluções de detecção precoce são consideradas essenciais.

Esta crise evidencia lacunas no controle de qualidade das bebidas e na disponibilidade de tratamentos, mas também revela caminhos promissores para garantir a segurança do consumidor.

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Crédito da imagem: Biodiesel Brasil / Agência Brasil

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