Temperatura recorde em São Paulo atinge 36,2 °C e Defesa Civil prevê chuvas intensas nos próximos dias

A cidade de São Paulo registrou nesta sexta-feira pós-Natal, 26 de dezembro, a temperatura recorde em São Paulo para o mês de dezembro: 36,2 °C, aferidos às 15h (horário de Brasília) pela estação meteorológica do Mirante de Santana, localizada na zona norte da capital. O segundo dia consecutivo de quebra de máxima histórica vem acompanhado de alerta emitido pela Defesa Civil estadual para um período de chuvas intensas que deve se estender pelos próximos dias.
- Panorama da temperatura recorde em São Paulo nesta sexta-feira
- Temperatura recorde em São Paulo no contexto da série histórica
- Consequências imediatas da temperatura recorde em São Paulo sobre a rotina urbana
- Alerta de chuvas intensas e procedimentos da Defesa Civil
- Impactos esperados no interior e no litoral paulista
- Orientações preventivas diante da temperatura recorde em São Paulo e dos temporais previstos
Panorama da temperatura recorde em São Paulo nesta sexta-feira
O termômetro oficial do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) marcou 36,2 °C durante a tarde, superando a marca de 35,9 °C anotada na véspera, 25 de dezembro, às 16h. A sequência de dias extremamente quentes estabelece novo patamar para o mês, até então limitado aos 35,7 °C observados em 3 de dezembro de 1998. Todas as medições foram realizadas no Mirante de Santana, referência padrão para a cidade.
Temperatura recorde em São Paulo no contexto da série histórica
De acordo com o Inmet, os valores atuais representam as maiores máximas de dezembro desde o início da consolidação sistemática dos registros, em 1961. Embora a estação opere desde 1943, foi a partir da década de 1960 que o instituto passou a padronizar o acompanhamento climático. Além disso, o pico de 36,2 °C configura a maior medição de todo o ano corrente; até então, o valor mais alto de 2024 era de 35,1 °C, verificado em 6 de outubro.
A análise histórica demonstra que, apesar do destaque atual, o mês de outubro segue liderando as estatísticas absolutas na capital paulista. Entre os exemplos recentes, destacam-se 37,8 °C em 17 de outubro de 2014 (recorde geral da série), 37,4 °C em 2 de outubro de 2020 e 37,3 °C em 7 de outubro do mesmo ano. Esses dados ilustram a propensão da cidade a registrar suas maiores temperaturas durante a primavera, embora episódios pontuais, como o de dezembro de 2024, possam romper padrões sazonais.
Consequências imediatas da temperatura recorde em São Paulo sobre a rotina urbana
A elevação excepcional dos termômetros influencia vários aspectos da vida cotidiana na capital. Serviços de saúde reforçaram orientações de hidratação constante e evitar esforço físico entre o fim da manhã e o meio da tarde, período em que a radiação solar é mais intensa. O calor também tende a elevar o consumo de energia elétrica devido ao uso mais frequente de aparelhos de refrigeração, exigindo atenção das concessionárias para lidar com picos de demanda.
Segundo a Defesa Civil, a onda de calor não apresenta sinal de dissipação imediata. Ainda que haja previsão de instabilidade atmosférica, a expectativa é de manutenção de temperaturas elevadas, configurando um quadro simultâneo de calor intenso e potencial para temporais, combinação que aumenta o risco de eventos extremos, como rajadas de vento e queda de granizo.
Alerta de chuvas intensas e procedimentos da Defesa Civil
No mesmo dia em que a cidade alcançou a temperatura recorde em São Paulo, a Defesa Civil do Estado emitiu comunicado sobre a proximidade de um período chuvoso significativo. O órgão projeta aumento dos volumes a partir de domingo, 29 de dezembro, com tendência de intensificação já na segunda-feira, 30. Para coordenar a resposta, foi anunciado a formação de um gabinete de crise, ativo de 29 de dezembro a 4 de janeiro, no Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE).
O gabinete reunirá representantes de secretarias estaduais, defesas civis municipais e concessionárias de serviços essenciais. O objetivo declarado é garantir agilidade no atendimento à população em caso de alagamentos, deslizamentos ou interrupções de energia. A estrutura poderá permanecer em funcionamento além do período previsto, caso as condições meteorológicas mantenham nível de alerta.
Impactos esperados no interior e no litoral paulista
Projeções da Defesa Civil indicam que as primeiras regiões a receber maiores volumes de chuva serão áreas do interior paulista, incluindo a região de Presidente Prudente, entre os dias 29 e 30. Além da precipitação intensa, há previsão de rajadas de vento entre 60 km/h e 70 km/h e possibilidade de granizo. Embora inferiores às rajadas que ultrapassaram 100 km/h em eventos recentes, esses ventos ainda podem causar danos em estruturas frágeis e quedas de árvores.
Para o dia 31 de dezembro há expectativa de breve melhora, mas um novo sistema meteorológico deverá avançar sobre o território paulista a partir de 1.º de janeiro. Nesse segundo momento, os maiores acumulados se deslocam para a faixa litorânea, com destaque para a Baixada Santista e o litoral norte. Nessas áreas, a conjugação de relevo acidentado e solo saturado aumenta a probabilidade de deslizamentos de encostas, alagamentos e inundações.
Orientações preventivas diante da temperatura recorde em São Paulo e dos temporais previstos
Autoridades estaduais recomendam que prefeituras reforcem vistorias em pontos suscetíveis a escorregamentos, especialmente morros ocupados e taludes à beira de rodovias no litoral. Concessionárias de energia elétrica foram orientadas a ampliar o contingente de equipes de plantão para agilizar reparos diante da combinação de calor, ventos e chuva forte.
À população, a Defesa Civil sublinha a importância de acompanhar os alertas enviados por mensagens de texto e aplicativos em smartphones, manter kit de emergência básico em residências de áreas de risco e evitar travessias em vias alagadas. No contexto do calor extremo, persiste a orientação para consumo regular de água, uso de roupas leves e suspensão de atividades físicas nos horários de pico térmico.
O próximo comunicado oficial da Defesa Civil, contemplando o período de 29 e 30 de dezembro, será divulgado em breve, seguido por novo boletim específico para o intervalo de 1.º a 4 de janeiro, datas em que se prevê concentração de chuvas nas regiões litorâneas.

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