Sul-coreanos detidos nos EUA serão libertados, diz Seul

Sul-coreanos detidos nos EUA serão libertados, afirmou neste domingo (24) o chefe de gabinete da Presidência da Coreia do Sul, Kang Hoon-sik, após concluir negociações com Washington para liberar mais de 300 cidadãos apreendidos em uma operação imigratória da ICE em uma planta da Hyundai, na Geórgia.

Segundo Kang, um avião fretado deve decolar de Seul assim que os trâmites administrativos forem concluídos, trazendo para casa os trabalhadores que, de acordo com as autoridades norte-americanas, estavam empregados sem autorização no complexo de baterias elétricas — considerado um dos maiores investimentos estrangeiros já realizados no estado.

Sul-coreanos detidos nos EUA serão libertados, diz Seul

Ao todo, 475 pessoas foram detidas na ação de sexta-feira (22); dentre elas, mais de 300 possuem nacionalidade sul-coreana, segundo o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Imagens divulgadas pelo órgão mostraram funcionários algemados, muitos vestindo coletes amarelos identificados com os nomes “Hyundai” e “LG CNS”.

Reação dos governos e próximos passos

A Casa Branca, citando a necessidade de proteger empregos americanos, defendeu a operação. O presidente Donald Trump declarou que “a ICE apenas fez seu trabalho”, enquanto o coordenador de fronteira do governo, Tom Homan, disse à CNN que novas ações em locais de trabalho devem ocorrer. Em Seul, o ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, deve viajar aos Estados Unidos na segunda-feira (25) para acompanhar o desfecho do caso.

Empresas envolvidas também reagiram. A LG Energy Solution, parceira da Hyundai no empreendimento, informou que 47 de seus funcionários estavam entre os detidos e suspendeu viagens corporativas aos EUA. A montadora coreana, por sua vez, não comentou publicamente, mas autoridades sul-coreanas prometeram revisar o sistema de vistos de curto prazo para evitar incidentes semelhantes.

Impacto econômico e relações bilaterais

A fábrica na Geórgia, anunciada pelo governador republicano Brian Kemp como o maior projeto de desenvolvimento econômico do estado, emprega cerca de 1.200 pessoas e produz componentes para veículos elétricos. O episódio ocorre em meio a negociações comerciais sensíveis entre Washington e Seul, que já havia prometido bilhões em investimentos na indústria norte-americana.

Analistas na Coreia do Sul alertam que a ação pode “esfriar” o apetite de conglomerados por novos aportes nos Estados Unidos, sobretudo diante do endurecimento nas políticas de vistos corporativos.

Resumo: o acordo fechado entre Seul e Washington deve repatriar os trabalhadores detidos ainda nesta semana, enquanto os dois países estudam ajustes na emissão de vistos para evitar novos atritos. Para acompanhar desdobramentos semelhantes, visite nossa editoria Notícias e Tendências e continue informado.

Crédito da imagem: Reuters

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