STF decide quebra de sigilo de buscas no Google com maioria

STF decide quebra de sigilo de buscas no Google com maioria

STF decide quebra de sigilo de buscas no Google com maioria: o Supremo Tribunal Federal retomou nesta quarta-feira (24) o julgamento que vai definir, com repercussão geral, se dados de pesquisas na plataforma podem ser usados para identificar usuários em investigações criminais.

A discussão ocorre no Recurso Extraordinário 1301250, no qual o Google questiona ordem judicial que exigiu a entrega de registros de IPs e identificadores de quem pesquisou termos ligados à vereadora Marielle Franco entre 10 e 14 de março de 2018, dias antes do assassinato dela e do motorista Anderson Gomes.

STF decide quebra de sigilo de buscas no Google com maioria

Até o momento, o placar é de 4 × 2 a favor da chamada “busca reversa” — quebra de sigilo de um grupo indeterminado de usuários. Votaram a favor Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Nunes Marques e Gilmar Mendes. Foram contrários André Mendonça e Rosa Weber (antes da aposentadoria).

Segundo a corrente vencedora, a medida só poderá ser aplicada em investigações de crimes hediondos ou equiparados, mediante autorização judicial, prazo delimitado e obrigação de descartar dados de pessoas sem relação com o delito. Gilmar Mendes reforçou que “a limitação é essencial para que o menor número de sujeitos não relacionados ao crime sofra restrição”.

No voto divergente, André Mendonça alertou para o risco de vigilância excessiva: “Estamos abrindo caminho para um Estado de polícia e é um caminho sem volta”. Em posição semelhante, Rosa Weber defendeu que quebras de sigilo alcancem apenas pessoas já identificadas.

Ainda precisam votar Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Luiz Fux. Luís Roberto Barroso se declarou impedido, e Flávio Dino não participa por ter assumido a vaga de Weber. A decisão servirá de parâmetro para todos os tribunais do país, conforme a repercussão geral.

Paralelamente, o processo criminal pelo assassinato de Marielle segue no STF. Em maio, a Procuradoria-Geral da República pediu a condenação de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa, Ronald Alves de Paula e Robson Calixto, todos presos preventivamente, mas sem data de julgamento definida.

Mais detalhes sobre o andamento podem ser acompanhados no site oficial do STF, que disponibiliza integra de votos e movimentações processuais.

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(Imagem: Gustavo Moreno/STF)

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