Signal reforça criptografia para bloquear ataques quânticos

Signal criptografia quântica ganha novo patamar de proteção: o mensageiro anunciou a adoção do protocolo Sparse Post-Quantum Ratchet (SPQR) para impedir que supercomputadores de próxima geração decifrem conversas privadas.
O recurso, apresentado em 2 de outubro de 2025, integra uma camada pós-quântica ao conhecido mecanismo Double Ratchet, usado para trocar chaves criptográficas a cada mensagem.
Signal reforça criptografia para bloquear ataques quânticos
Com o SPQR, o aplicativo migra para a abordagem Triple Ratchet. A cada envio, duas chaves secretas — a tradicional baseada em curvas elípticas e outra pós-quântica — são combinadas por meio de uma Função de Derivação de Chaves (KDF). Um invasor precisaria quebrar simultaneamente ambas as proteções, tarefa considerada impraticável mesmo para computadores quânticos em desenvolvimento.
Como funciona a defesa pós-quântica
A tecnologia busca neutralizar estratégias conhecidas como harvest now, decrypt later, nas quais criminosos coletam hoje grandes volumes de dados criptografados na esperança de decifrá-los no futuro. Segundo o Signal, a atualização será distribuída gradualmente e não exigirá qualquer ação do usuário nem mudanças na interface.
De acordo com o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos (NIST), algoritmos resistentes à computação quântica são essenciais para proteger informações sensíveis na próxima década, quando processadores mais potentes devem se tornar realidade.
Proteção vale para mensagens antigas
Assim que o SPQR estiver ativo em ambos os dispositivos, todas as conversas — inclusive histórico já armazenado — passarão a usufruir da barreira híbrida. Isso abrange chats individuais, grupos e chamadas de voz ou vídeo conduzidas pelo aplicativo focado em privacidade.
O Signal iniciou a transição para criptografia pós-quântica em 2023, com a implementação do protocolo PQXDH para troca de chaves. O passo atual consolida a estratégia de longo prazo da plataforma de se manter à frente de possíveis avanços na capacidade de ataque cibernético.
Usuários interessados não precisam atualizar configurações; basta manter o app na versão mais recente, disponível gratuitamente para Android, iOS, Windows, macOS e Linux.
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Imagem: Signal/Divulgação
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