Shutdown do governo dos EUA pressiona Wall Street

Shutdown do governo dos EUA começou à 0h desta quarta-feira (horário local) e já eleva a tensão nos mercados financeiros, levando as principais bolsas de Nova York a recuarem e os rendimentos dos Treasuries a caírem.
Logo na abertura, o S&P 500 cedia 0,3%, o Dow Jones perdia 0,1% (-51 pontos) e o Nasdaq recuava 0,4%. O movimento ganhou força após o relatório da ADP indicar corte líquido de 32 mil empregos no setor privado em setembro e revisar agosto para perda de 3 mil vagas, sinalizando desaceleração maior que a prevista.
Shutdown do governo dos EUA pressiona Wall Street
Com o Departamento do Trabalho paralisado, o relatório oficial de empregos, previsto para sexta-feira, deve ser adiado, aumentando a incerteza sobre a trajetória da economia. “Seja o número exato ou não, o mercado lê o dado como um alerta”, afirmou Carl Weinberg, economista-chefe da High Frequency Economics.
No mercado de títulos, o rendimento do Treasury de 10 anos caiu de 4,16% para 4,09%, enquanto o papel de dois anos recuou de 3,60% para 3,53%, refletindo apostas de que o Federal Reserve poderá manter o ciclo de cortes de juros caso a atividade esfrie sem provocar recessão.
Entre as ações, Cal-Maine Foods cedia 2,6% após lucro e receita ficarem abaixo do esperado, apesar do melhor primeiro trimestre da história da companhia de ovos. Já a Nike avançava 4,7% graças ao resultado acima das projeções, com forte venda de vestuário na América do Norte.
Outro destaque foi a Lithium Americas, que disparou 22,5% depois de receber autorização do Departamento de Energia para acessar empréstimo de US$ 2,26 bilhões. Como parte do acordo, o órgão norte-americano assumirá participação acionária na empresa, que desenvolve projeto de lítio em Nevada em parceria com a General Motors.
Historicamente, shutdowns curtos têm impacto limitado, mas analistas alertam que o impasse atual pode se prolongar e incluir ameaças de demissões em massa, aumentando o risco para ativos de renda variável, segundo a agência Reuters.
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Crédito: Global News
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