Serena Williams perda de peso reacende debate sobre remédios

Serena Williams perda de peso reacende debate sobre remédios

Serena Williams perda de peso reacende debate sobre remédios após a ex-tenista revelar ter utilizado medicamentos da classe GLP-1 para eliminar 14 kg em oito meses, tema que volta a expor o estigma em torno das drogas antiobesidade.

Serena Williams perda de peso reacende debate sobre remédios

Aos 43 anos, dona de 23 títulos de Grand Slam, Serena Williams contou ao programa Today Show que, mesmo treinando “cinco horas por dia”, não conseguia retornar ao peso considerado saudável depois do nascimento da segunda filha. Diante da dificuldade, ela encarou os quilos extras como “um adversário” e decidiu “tentar algo diferente”: aderiu aos agonistas de GLP-1, grupo que inclui marcas como Wegovy e Mounjaro.

Williams, que não revelou o nome comercial usado, frisou que a terapia não foi atalho nem isentou dieta e exercícios. Segundo a atleta, a combinação de treinos intensos e o fármaco permitiu a redução de 31 lb (cerca de 14 kg) sem efeitos colaterais significativos; exames recentes apontaram melhora nas articulações e nos níveis de glicose.

Especialistas avaliam que o depoimento público da ex-jogadora pode amenizar o preconceito associado a esses medicamentos. Para Caleb Luna, professor de estudos feministas da Universidade da Califórnia, a fala de Williams “derruba o estereótipo de que só pessoas preguiçosas recorrem aos remédios” e valoriza a saúde, não a aparência. Por outro lado, Luna teme que a necessidade de uma atleta de elite usar GLP-1 seja “assustadora” e reforce a pressão estética.

A pesquisa acadêmica corrobora a complexidade do tema. A doutora Claire Madigan, da Universidade de Loughborough, lembra que ex-atletas mantêm alto consumo calórico, o que dificulta o emagrecimento após a aposentadoria. Ela elogia a sinceridade de Williams, mas alerta para o custo elevado dos fármacos e para possíveis efeitos adversos, como náuseas e problemas renais, muitas vezes pouco discutidos em campanhas publicitárias.

A repercussão também envolve interesses comerciais: Williams acaba de se tornar porta-voz da Ro, plataforma que comercializa GLP-1, enquanto seu marido investe na empresa. Ainda assim, vozes do setor de saúde pública defendem que relatos de figuras populares ajudam a normalizar tratamentos clinicamente validados. Um panorama completo sobre o funcionamento dessas drogas e suas implicações pode ser encontrado na cobertura da BBC Health, referência internacional no assunto.

Seja inspiração ou polêmica, o fato é que a história da campeã amplia o debate sobre obesidade, maternidade e acesso a terapias eficazes. Williams, agora fora das quadras, treina para uma meia-maratona e diz “correr mais longe do que nunca”, mostrando que o esporte continua no centro de sua vida.

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Crédito da imagem: XNY/Star Max/Getty Images

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