Seis passos essenciais para aliviar a fadiga ocular causada por ecrãs

A exposição diária a telemóveis, computadores e tablets aproxima-se, em média, das oito horas, segundo estimativas de entidades de saúde visual. O foco prolongado em dispositivos a curta distância exige um esforço contínuo dos músculos oculares e pode originar visão turva, olhos secos, cefaleias e sensibilidade à luz. Seguem-se medidas recomendadas por especialistas para reduzir esses efeitos e preservar a saúde dos olhos.

Impacto do uso prolongado de ecrãs

Quando o olhar permanece fixo num objeto próximo durante várias horas, os músculos responsáveis pela acomodação mantêm-se contraídos por períodos superiores ao aconselhável. Esta exigência constante favorece o cansaço ocular e, a longo prazo, pode agravar problemas refrativos.

A diminuição do pestanejar é outro factor crítico. Em condições normais, o olho humano pisca entre 15 e 20 vezes por minuto, distribuindo a lágrima pela superfície ocular. Diante de um ecrã, essa frequência pode cair para quatro a seis vezes, intensificando a evaporação da película lacrimal e provocando secura.

Seis medidas de prevenção

1. Regra 20/20/20

A Associação Americana de Optometria sugere uma pausa a cada 20 minutos de utilização. Durante esse intervalo, deve-se olhar para um ponto situado a cerca de seis metros, durante pelo menos 20 segundos. O procedimento relaxa a musculatura ocular e diminui a sensação de tensão.

2. Pestanejar com frequência

O piscar regular mantém os olhos lubrificados. Em ambientes com ar condicionado, onde o ar é mais seco, vale a pena reforçar a humidade com umidificador ou plantas para reduzir a evaporação da lágrima.

3. Ajuste ergonómico do ecrã

A distância ideal entre os olhos e o monitor situa-se em torno de 40 centímetros. O centro da imagem deve ficar ligeiramente abaixo do nível do olhar, entre 10 e 15 graus, para aliviar a pressão sobre pescoço, costas e ombros.

4. Controlo da iluminação

Reflexos provenientes de luzes intensas ou de janelas aumentam o esforço visual. É recomendável utilizar iluminação indirecta e, quando necessário, aplicar filtros antirreflexo no dispositivo.

5. Pausas prolongadas a cada hora

Além das micro-pausas da regra 20/20/20, uma interrupção de cerca de 10 minutos por cada 60 minutos de trabalho ou lazer contribui para relaxar não só os olhos, mas também a postura geral, reduzindo dores musculares.

6. Redução do brilho e da luz azul

Diminuir o brilho do ecrã ou activar o modo nocturno ajuda a limitar a intensidade luminosa, atenuando o desconforto ocular. Este modo pode ser usado em qualquer altura do dia, pois corta parte da luz azul emitida pelos LEDs.

Quando procurar um especialista

Sinais persistentes de desconforto, como ardor, visão enevoada ou dor de cabeça frequente, justificam avaliação oftalmológica. O profissional pode identificar alterações visuais, sugerir exercícios específicos, colírios ou óculos com filtros adequados.

A adopção das seis medidas descritas é simples e pode ser integrada na rotina sem investimento elevado. O resultado tende a ser uma diminuição significativa da fadiga ocular e uma melhoria do bem-estar geral durante o trabalho ou o lazer em frente a ecrãs.

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Imagem: olhardigital.com.br

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