Satélites hackeados expõem dados confidenciais, diz estudo

Satélites hackeados expõem dados confidenciais, diz estudo

Satélites hackeados estão permitindo o vazamento de informações sensíveis em escala global, segundo pesquisa conduzida pela Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) e pela Universidade de Maryland. O levantamento, que durou três anos, revela que metade dos satélites geoestacionários transmite dados sem qualquer tipo de criptografia, deixando comunicações civis e militares vulneráveis a espionagem.

Para demonstrar a fragilidade, os pesquisadores montaram um receptor usando apenas componentes comerciais baratos: uma antena parabólica de US$ 185, um suporte motorizado de US$ 140, um motor de US$ 195 e uma placa sintonizadora de US$ 230. Bastou apontar o equipamento para satélites visíveis para captar fluxos desprotegidos de chamadas telefônicas, mensagens de texto, dados de Wi-Fi de passageiros de avião, registros internos de empresas de energia e até comunicações militares.

Satélites hackeados expõem dados confidenciais, diz estudo

No período analisado, a equipe acessou cerca de 15% dos satélites geoestacionários em operação e, mesmo assim, reuniu um vasto acervo de informações privadas. Entre os achados estão nomes e identificadores de embarcações militares dos Estados Unidos, relatórios de inteligência sobre tráfico de drogas de agências mexicanas, registros de manutenção de aeronaves e localização em tempo real de pessoas e máquinas.

O professor Aaron Schulman, coautor do estudo, afirmou à revista Wired que a indústria de telecomunicações confiava na suposição de que “ninguém olharia para cima” para interceptar sinais. “Eles presumiram que ninguém jamais verificaria todos esses satélites”, declarou. O trabalho será apresentado na conferência da Associação de Máquinas de Computação de Taiwan, sob o título “Não Olhe para Cima”, em alusão ao filme da Netflix de 2021.

Segundo o relatório, muitas operadoras utilizam satélites como enlace entre torres de telefonia ou redes corporativas, mas não implementam criptografia ponta a ponta. Dessa forma, o simples ato de “escutar” o enlace basta para capturar o tráfego. A metodologia empregada pelos pesquisadores não exigiu invasão a sistemas, apenas a recepção passiva dos sinais.

A fragilidade também afeta infraestruturas críticas. A Comisión Federal de Electricidad (CFE), estatal mexicana que atende 50 milhões de clientes, teve mensagens internas acessadas, revelando procedimentos de operação e dados de consumidores.

Em nota, especialistas em segurança recomendam que operadoras adotem protocolos de criptografia robustos imediatamente. Artigos recentes, como o publicado pela Wired, reforçam que a ameaça é real e crescente, à medida que a dependência de satélites para comunicação se expande.

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Imagem: dc studio/Freepik

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