Sarah Ferguson, duquesa de York, foi afastada de sete instituições de caridade no Reino Unido após vir à tona um e-mail de 2011 em que ela se refere ao criminoso sexual Jeffrey Epstein como “amigo supremo” e pede desculpas por críticas públicas anteriores.
O primeiro desligamento partiu da Julia’s House, hospício infantil que considerou “inadequada” a permanência da ex-esposa do príncipe Andrew como patrona. Em seguida, Teenage Cancer Trust, Natasha Allergy Research Foundation, Children’s Literacy Charity, National Foundation for Retired Service Animals, Prevent Breast Cancer e British Heart Foundation anunciaram decisões semelhantes.
Sarah Ferguson perde patronatos após e-mail sobre Epstein
O e-mail, revelado pelos jornais Mail on Sunday e The Sun, foi enviado após a duquesa declarar publicamente ter cortado relações com Epstein. Na mensagem particular, entretanto, ela agradece “generosidade” do financista e pede desculpas pela “rejeição pública”, em aparente contradição às declarações feitas no mesmo ano, quando classificou o vínculo como “erro gigantesco de julgamento”.
Em nota, um porta-voz de Ferguson disse que a comunicação foi redigida sob orientação jurídica para conter a ameaça de um processo por difamação que Epstein teria feito. O representante reforçou que a duquesa “lamenta profundamente qualquer associação” com ele.
O episódio envolve fatos ocorridos anos depois da condenação de Epstein, em 2008, por crimes sexuais. A relação do financista com o príncipe Andrew, fotografado com ele em 2010 em Nova York, já havia levado o duque de York a perder patronatos e a se afastar das funções oficiais em 2019.
A debandada atual agrava a imagem pública de Ferguson, cuja atuação filantrópica sustentava boa parte da exposição positiva. Especialistas em reputação apontam que novas pressões podem surgir à medida que documentos relacionados a Epstein são liberados nos Estados Unidos, ampliando o escrutínio sobre pessoas próximas a ele.
Segundo reportagem da BBC News, investigadores norte-americanos enfrentam pressão para divulgar integrais das agendas e mensagens de aniversário encontradas com o financista, morto por suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.
Ferguson era patrona da Teenage Cancer Trust havia 35 anos, ingressou na Julia’s House em 2018 e passou a apoiar a Prevent Breast Cancer em 2024, após diagnóstico e tratamento contra a doença. Agora, as organizações afirmam que a continuidade da duquesa “não é mais apropriada”.
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Crédito da imagem: EPA