Robôs humanoides disputam primeiros Jogos Mundiais em Pequim
Robôs humanoides disputam primeiros Jogos Mundiais em Pequim
Robôs humanoides disputam primeiros Jogos Mundiais em Pequim na maior competição dedicada a máquinas bípedes já realizada, reunindo mais de 500 participantes de 16 países na capital chinesa.
Robôs humanoides disputam primeiros Jogos Mundiais em Pequim
O Estádio Nacional de Patinação de Velocidade, em Pequim, recebe até domingo os inusitados Jogos Mundiais de Robôs Humanoides. Ao todo, 280 equipes dos Estados Unidos, Alemanha, Japão e outras 13 nações controlam remotamente seus atletas metálicos em 26 provas que vão do futebol ao boxe, passando por ginástica, atletismo e artes marciais.
Demonstrações de habilidade e quedas inusitadas
A abertura, na noite de quinta-feira (14/08), colocou as máquinas para dançar hip-hop, tocar teclado, guitarra e bateria, além de ensaiar golpes de kung fu. Nas partidas de futebol 5×5, um atacante marcou depois de algumas tentativas, enquanto o goleiro adversário tombou ao defender. Em outra cena, um modelo robô desfilou ao lado de humanos, mas precisou ser carregado após cair na passarela.
Objetivo: integrar robôs à vida cotidiana
Segundo comunicado conjunto do governo municipal de Pequim, da China Central Television, da World Robotics Cooperation Organization e do Robocup Asia-Pacific Council, o torneio busca “acelerar a integração dos robôs à vida humana, impulsionar o progresso econômico e social e aproximar ciência, tecnologia, esporte e cultura”.
Maratona robótica como precursor
Os Jogos chegam apenas quatro meses depois da primeira meia-maratona exclusiva para humanoides, realizada em abril na mesma cidade. Naquela prova de 21,1 km, 20 equipes utilizaram pontos de troca de bateria e puderam substituir máquinas avariadas, pagando penalidades no tempo final. O robô Sky Project Ultra venceu em 2h40min, mas vários competidores caíram e precisaram de ajuda para se levantar, comprovando os desafios de locomoção.
China acelera aposta em IA
O evento reforça a estratégia chinesa de liderar o desenvolvimento de robôs movidos a inteligência artificial. Em declaração ao jornal People’s Daily, um representante local afirmou que “cada robô participante está fazendo história”. Observadores internacionais, como a agência Reuters, apontam que as demonstrações públicas servem para atrair investimentos e talentos na área.
Ao final da competição, serão distribuídas medalhas às equipes que melhor equilibrarem velocidade, coordenação e precisão dos movimentos. Embora as quedas se multipliquem, organizadores afirmam que o aprendizado coletado deve acelerar a presença de humanoides em serviços logísticos, assistência a idosos e cenários de risco.
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Crédito da imagem: Qilai Shen/Bloomberg via Getty Images

Imagem: Katie Scott Global New via globalnews.ca