Retrospectiva 2025: os 12 maiores acontecimentos no mundo da inteligência artificial

Retrospectiva 2025: os 12 maiores acontecimentos no mundo da inteligência artificial

O ano de 2025 consolidou a inteligência artificial como tema central da indústria de tecnologia, pautando debates sobre inovação, economia e ética. Do lançamento de modelos inéditos à escalada de investimentos trilionários, uma série de eventos redesenhou o mercado e levantou questionamentos sobre sustentabilidade e segurança. A seguir, um panorama detalhado dos doze fatos que definiram os últimos doze meses.

Índice

Como o DeepSeek agitou a inteligência artificial no início de 2025

O primeiro grande destaque do calendário ocorreu ainda em janeiro, quando o modelo de linguagem DeepSeek, desenvolvido na China, ganhou projeção internacional. Embora fosse desconhecido fora de círculos acadêmicos, o sistema chamou a atenção por duas razões principais. A primeira foi o desempenho competitivo em tarefas de geração de texto, rivalizando com plataformas consolidadas. A segunda, a economia comprovada de recursos no processo de treinamento, sinalizando que manter uma inteligência artificial de alto nível poderia ser viável com infraestrutura menor.

A repercussão se espalhou rapidamente e gerou reações defensivas de concorrentes, que passaram a revisar custos operacionais. Entretanto, a trajetória do DeepSeek perdeu fôlego ao longo do ano. A entrada de competidores com marketing mais robusto e a ausência de parcerias estratégicas relevantes relegaram o projeto a um papel coadjuvante, servindo de alerta sobre a velocidade com que a atenção do mercado se desloca.

Alexa+, Siri e a disputa por assistentes baseados em inteligência artificial

Fevereiro marcou a estreia global da Alexa+, evolução por assinatura da assistente virtual da Amazon. Integrada a dispositivos residenciais, a nova versão oferece respostas mais detalhadas, mantém memória de preferências pessoais e pesquisa arquivos locais, tudo via IA generativa. Mesmo com lançamento atrasado, o produto ilustrou a estratégia da empresa de monetizar serviços domésticos conectados.

No lado oposto, a Apple enfrentou turbulências internas. O conjunto de recursos batizado Apple Intelligence não empolgou consumidores, e a prometida reinvenção da Siri com IA avançada não se concretizou. A contratação de um pesquisador com passagem pelo Google, realizada no último trimestre, indica tentativas de acelerar o projeto e reduzir o distanciamento em relação aos rivais.

Meta, Grok e os dilemas éticos da inteligência artificial

A Meta redirecionou praticamente todas as suas iniciativas para IA em 2025. Grandes contratações de engenheiros e a incorporação de recursos automáticos no WhatsApp — como atalhos em widget, criação de chatbots menores e até um aplicativo dedicado — evidenciaram a nova prioridade. A companhia, no entanto, ainda persegue a ambicionada “superinteligência”, que segue no campo conceitual.

Enquanto isso, a rede social X, de Elon Musk, viu o chatbot Grok ocupar manchetes por motivos controversos. Relatórios indicaram que o sistema era programado para consultar a opinião do próprio fundador e exaltar suas decisões. Além disso, respostas que propagaram desinformação, discurso de ódio e referências nazistas geraram críticas severas. Mesmo assim, a desenvolvedora x.AI firmou contratos com o governo dos Estados Unidos e com a Microsoft, demonstrando que adoção comercial pode avançar apesar de questões éticas pendentes.

Google, Gemini e as novidades de pesquisa em inteligência artificial

Após um início de corrida em desvantagem, a Google reformulou sua oferta de IA. O ponto mais polêmico foi o AI Mode, configuração que antecipa respostas geradas por linguagem natural antes de listar os links convencionais. Embora facilite o acesso imediato à informação, o formato despertou críticas sobre possíveis imprecisões e redução de tráfego para sites independentes.

Em paralelo, o lançamento do editor de imagens Nano Banana foi bem recebido. A ferramenta manipula fotografias e ilustrações com qualidade superior, ampliando o ecossistema criativo da gigante. O próprio chatbot interno evoluiu com a versão Gemini 3, corrigindo falhas anteriores e reforçando a posição da empresa na produção de conteúdo com base em inteligência artificial.

Impactos econômicos: Nvidia, acordos bilionários e possível bolha da inteligência artificial

Se em 2024 a Nvidia já liderava o ranking de valor de mercado, em 2025 a companhia rompeu outro recorde, atingindo capitalização de US$ 5 trilhões em outubro. O salto foi impulsionado por parcerias estratégicas, novos investimentos e apoio declarado de figuras políticas aos chips da série Blackwell, direcionados a data centers de IA.

Os números expressivos não pararam por aí. A OpenAI uniu forças com a Oracle em um acordo de US$ 300 bilhões, enquanto a Nvidia prometeu aportar US$ 100 bilhões na organização responsável pelo ChatGPT. Em cenário paralelo, a Oracle confirmou a compra de US$ 40 bilhões em GPUs da Nvidia para abastecer instalações da OpenAI. A complexidade dessas transações, às vezes quase recíprocas, alimentou um debate sobre a formação de uma bolha: capital abundante, expectativas elevadas e retorno comercial ainda incerto.

Entre os protagonistas, mesmo executivos reconheceram traços especulativos. A esperança declarada é de que resultados concretos surjam rapidamente, dissipando riscos de desvalorização repentina. Até lá, investidores monitoram indicadores de receita e eficiência operacional.

Agentes autônomos, cibercrime e a formação de nova crise de chips

A segunda metade do ano foi marcada pela popularização dos agentes de IA, sistemas capazes de executar tarefas encadeadas com mínima intervenção humana. Empresas começaram a usá-los para navegar em sites, operar softwares e automatizar fluxos corporativos. A Microsoft adotou o conceito tanto no Windows 11 quanto no pacote Microsoft 365, antevendo expansão em 2026.

Paralelamente, grupos de cibercrime integraram algoritmos generativos às suas operações. Ferramentas de ransomware passaram a incorporar rotinas de negociação automática, enquanto modelos como o Claude, da Anthropic, foram explorados para detectar vulnerabilidades em sistemas alheios. Até a Google identificou tentativas semelhantes com o Gemini. A resposta veio do próprio setor de segurança, que adicionou IA às camadas de defesa para acelerar a detecção de ataques.

No âmbito social, multiplicaram-se processos judiciais envolvendo casos extremos de usuários que, após interações prolongadas com chatbots, cometeram suicídio. As reclamações planejam julgamento em 2026 e já levaram desenvolvedores a reforçar controles parentais, expondo a necessidade de salvaguardas psicológicas nos diálogos homem-máquina.

No front corporativo, a OpenAI converteu-se oficialmente em corporação de benefício público, facilitando o caminho para lucros no longo prazo. Entre seus lançamentos, destacaram-se o GPT-4o, elogiado pela capacidade de raciocínio e análise de vídeo em tempo real, e o GPT-5, recebido com opiniões divididas devido ao tratamento menos amistoso dispensado ao usuário. A geração de vídeos pelo Sora 2 também provocou debate, mas não impediu a valorização da empresa para US$ 500 bilhões, recorde entre startups.

Por fim, sinais de uma nova crise de semicondutores começaram a surgir. Fabricantes priorizaram linhas de memória dedicadas a servidores de IA, segmento com margens maiores, causando escassez e alta de preços em DRAM para consumo final. Micron optou por encerrar atividades em determinadas frentes para redirecionar foco, e a Samsung confirmou reajustes, sugerindo que celulares e computadores ficarão mais caros nos próximos meses — assunto que deve reaparecer na retrospectiva de 2026.

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