Reino Unido reconhece Estado Palestino após anúncio feito pelo primeiro-ministro Sir Keir Starmer em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (data local). A decisão coloca Londres entre as nações que já formalizaram o reconhecimento e, segundo o premiê, “mantém viva a possibilidade de paz” no Oriente Médio.
No pronunciamento, Starmer acrescentou que o governo britânico continuará “lutando para trazer para casa” os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas. A medida veio poucas horas depois de o Canadá tornar-se o primeiro país do G7 a adotar posição semelhante, movimento seguido pela Austrália.
Reino Unido reconhece Estado Palestino, diz Keir Starmer
Embora o governo britânico sustente que o reconhecimento fortalece negociações diplomáticas, o Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu com dureza. Em nota oficial, a chancelaria classificou a decisão como “nada além de uma recompensa ao jihadista Hamas”, sinalizando possível tensão adicional nas relações bilaterais.
O reconhecimento do Estado Palestino por parte de grandes potências ocidentais vem ganhando força desde o agravamento do conflito Israel-Gaza em 2023. Para analistas, o respaldo de países do G7 pressiona por um cessar-fogo duradouro e por um acordo de dois Estados, pauta endossada pela Organização das Nações Unidas. Conforme destacou reportagem da Reuters, cresce o entendimento internacional de que a solução diplomática passa pelo fortalecimento das instituições palestinas.
Starmer não detalhou etapas subsequentes, mas indicou que Londres atuará junto a parceiros para transformar o gesto simbólico em avanços concretos na mesa de negociação. O líder trabalhista reafirmou ainda o compromisso britânico com a segurança de Israel e com o futuro de “um Estado palestino seguro, democrático e viável”.
O próximo passo dependerá da reação regional e da evolução das conversas de paz, estagnadas desde 2014. Enquanto isso, organismos humanitários aguardam que o reconhecimento estimule melhorias nas condições de vida na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
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Crédito da imagem: BBC
