Reconhecimento do Estado Palestino recompensa povo diz Iraque

Reconhecimento do Estado Palestino foi descrito pelo presidente iraquiano, Abdul Latif Rashid, como uma “recompensa ao povo palestino” e não ao Hamas. Em entrevista à BBC, o chefe de Estado ressaltou que a legitimidade concedida por países como França, Reino Unido, Portugal, Canadá e Austrália fortalece os civis, enquanto rejeita a ideia de que o gesto beneficie o grupo militante.

Rashid concedeu a declaração após Paris oficializar, na segunda-feira (10), o reconhecimento formal da Palestina. O movimento francês intensifica a pressão diplomática sobre Israel, que enfrenta críticas globais pela crise humanitária em Gaza e pela expansão de assentamentos na Cisjordânia.

Reconhecimento do Estado Palestino recompensa povo diz Iraque

“Não se trata de premiar o Hamas”, enfatizou Rashid ao repórter Tom Bateman. “É um passo que reforça o direito dos palestinos à autodeterminação.” O presidente também defendeu a retomada de negociações de paz, argumentando que o status diplomático pleno pode acelerar conversas para um cessar-fogo duradouro.

O posicionamento de Bagdá surge em meio a um cenário de escassez de alimentos e escalada de vítimas civis em Gaza. Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de metade da população do enclave depende de ajuda emergencial, enquanto bombardeios e bloqueios dificultam a entrega de suprimentos.

Na Cisjordânia, o avanço de novos assentamentos israelenses também tem recebido condenação de líderes árabes e europeus. Diplomatas ouvidos pela BBC avaliam que o crescente reconhecimento internacional da Palestina aumenta o isolamento político de Tel Aviv e pode forçar mudanças na estratégia israelense.

Até o momento, Israel mantém a posição de que o reconhecimento unilateral prejudica negociações diretas. Autoridades israelenses argumentam que o Hamas ainda controla Gaza e representa ameaça à segurança regional. Já Iraque e demais países que adotaram o novo status defendem que a medida amplia o diálogo político legítimo, fortalecendo vozes moderadas entre palestinos.

Rashid concluiu que seu governo continuará a apoiar iniciativas humanitárias e diplomáticas destinadas a reduzir o sofrimento em Gaza e garantir a libertação de reféns ainda sob poder do Hamas. Ele reiterou a necessidade de uma conferência internacional que envolva todas as partes interessadas.

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Crédito da imagem: BBC

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