Ransomware é o nome dado ao malware que sequestra arquivos ou até todo o sistema, exige pagamento para liberação e já causou bilhões em prejuízos no mundo. Entender como ele age é o primeiro passo para manter dados e dispositivos fora de risco.
O golpe começa quando o software malicioso infiltra-se via phishing, exploração de falhas ou credenciais vazadas. Depois, criptografa as informações e apresenta a exigência de resgate, quase sempre em criptomoedas, dificultando o rastreamento financeiro.
Ransomware: entenda a ameaça e saiba se proteger
Há duas grandes modalidades. No ransomware criptografado, apenas pastas e documentos são trancados; no não criptografado, o sistema operacional é bloqueado logo na inicialização. Variantes como leakware, que ameaça divulgar dados, ou wiper, que promete apagá-los, ampliam a pressão sobre as vítimas.
Casos notórios ilustram o impacto: o WannaCry paralisou 250 mil computadores em 2017, enquanto o Petya gerou perdas de US$ 10 bilhões. No Brasil, órgãos como o Superior Tribunal de Justiça e empresas como a JBS encararam sequestros digitais com custos milionários.
A inteligência artificial adicionou sofisticação ao cenário. Pesquisadores da ESET descobriram o PromptLock, código que usa modelos da OpenAI para decidir se rouba, cifra ou destrói arquivos, reforçando o alerta de especialistas do CERT.br.
Felizmente, práticas simples reduzem drasticamente o risco:
- Manter sistema operacional, navegadores e antivírus sempre atualizados;
- Realizar backups periódicos em mídia externa isolada;
- Desconfiar de e-mails com anexos ou links inesperados, mesmo de remetentes conhecidos;
- Habilitar autenticação de dois fatores e políticas de acesso restrito em redes corporativas;
- Usar VPNs confiáveis em conexões públicas e criptografar documentos sensíveis.
Em caso de infecção, a recomendação de autoridades como o FBI é não pagar o resgate: além de financiar crimes futuros, não há garantia de retorno dos dados. O correto é isolar o equipamento, acionar equipes especializadas e tentar a restauração a partir de backups limpos.
Ransomware continua evoluindo, mas usuários e empresas podem virar o jogo com prevenção, backups e informação atualizada. Para aprofundar estratégias de defesa digital, confira nosso conteúdo sobre cibersegurança em Inteligência Artificial e siga acompanhando nossas publicações.
Fonte: Getty Images