Pulseira da Meta interpreta gestos e dispensa câmaras nos comandos digitais

A Meta detalhou o funcionamento de uma pulseira que capta sinais elétricos dos músculos do pulso para transformar gestos da mão em comandos digitais. A descrição técnica foi publicada na revista científica Nature a 23 de julho de 2025.

Como funciona a tecnologia sEMG

O dispositivo usa eletromiografia de superfície (sEMG) para detetar a atividade elétrica gerada pelos músculos. A informação é transformada por modelos de aprendizagem automática que identificam toques, deslizes, pinças e até escrita manual sobre superfícies planas. A empresa sublinha que o método não requer câmaras, evitando problemas de obstrução, falhas de interpretação e questões de privacidade associadas à visão computacional presente em headsets como Apple Vision Pro ou Meta Quest.

Aplicações em comandos e acessibilidade

Com a pulseira, o utilizador pode digitar mensagens sem teclado, navegar em menus sem rato e interagir com conteúdo digital enquanto mantém a atenção no ambiente real. Além do uso generalista, o projeto foi concebido como solução de acessibilidade para pessoas com lesões na medula espinal, numa colaboração com a Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos.

Um protótipo já foi emparelhado com os óculos de realidade aumentada Orion, também da Meta, permitindo o controlo por gestos. As equipas trabalham agora em algoritmos que aumentem a precisão e a fiabilidade dos sinais, reduzindo a dependência de periféricos tradicionais.

Estado do projeto

Mark Zuckerberg revelou em fevereiro de 2024 a intenção de ampliar os métodos de entrada para interfaces mais naturais. Apesar dos avanços, a pulseira continua em fase de laboratório e não existe previsão de lançamento comercial.

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