Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra mobilizaram centenas de milhares de pessoas neste domingo (7) em Tel Aviv, onde familiares de sequestrados exigiram a libertação de cerca de 20 israelenses ainda mantidos pelo Hamas e o encerramento da ofensiva em Gaza.
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
O epicentro das manifestações foi a Praça dos Reféns, na capital econômica israelense. Organizadores afirmam que a decisão do governo de assumir o controle total da Cidade de Gaza coloca em risco a vida dos cativos. A mobilização incluiu uma greve nacional de 24 horas que fechou estradas, repartições públicas e universidades em várias regiões. A polícia prendeu ao menos 39 manifestantes.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu criticou a onda de protestos, dizendo que ela “endurece a posição do Hamas” e atrasa possíveis acordos. O ministro da extrema-direita Bezalel Smotrich classificou o movimento como “campanha nociva que favorece o inimigo”.
Einav Zangauker, mãe do refém Matan, discursou emocionada: “Exigimos um acordo abrangente e o fim da guerra. Queremos o que é nosso por direito: nossos filhos”. Zangauker falou após a divulgação de um vídeo de seu filho em cativeiro, reforçando a pressão sobre o governo.
As manifestações ocorreram uma semana depois de o gabinete de guerra aprovar a ocupação da maior cidade do enclave palestino, medida condenada pelo Conselho de Segurança da ONU. Segundo a prefeitura local, administrada pelo Hamas, bombardeios contínuos no bairro de Zeitoun criaram situação “catastrófica” e levaram milhares de moradores a fugir.
De acordo com estimativas da ONU, 1,9 milhão de pessoas — cerca de 90% da população de Gaza — já foram deslocadas desde outubro. O ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas e considerado fonte confiável pela ONU, contabiliza mais de 61 mil mortos. O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou aproximadamente 1.200 israelenses e capturou 251.
Em nota, o órgão militar israelense Cogat informou que voltará a permitir a entrada de tendas no enclave para abrigar civis deslocados. Já a organização BBC News relata que Israel planeja transferir até um milhão de pessoas para o sul da Faixa, sem cronograma definido para a invasão terrestre total.
Os protestos evidenciam a crescente divisão interna sobre o rumo da guerra. Para acompanhar desdobramentos e outras análises, visite nossa seção de Notícias e Tendências e continue informado.
Crédito da imagem: Getty Images

Imagem: Internet