Polícia prende cibercriminoso que vazou dados sigilosos

Polícia prende cibercriminoso acusado de repassar mais de 2,5 terabytes de informações sigilosas do Sisbajud, incluindo 239 milhões de chaves Pix de cidadãos brasileiros, segundo a Polícia Civil.

A captura foi realizada nesta terça-feira (16) em Pernambuco, em ação conjunta das polícias civis de Pernambuco e do Rio Grande do Sul. O investigado, cujo nome ainda não foi divulgado, é apontado como especialista técnico de uma quadrilha que opera invasões de sistemas, estelionato eletrônico e falsificação de documentos em todo o país.

Polícia prende cibercriminoso que vazou dados sigilosos

De acordo com as autoridades, o suspeito — conhecido nos fóruns clandestinos como “a fonte” — afirmou possuir acesso a bases de dados de veículos, segurança pública e inteligência federal. Imagens coletadas pelos investigadores mostram arquivos referentes a investigações de fraudes bancárias, reconhecimento facial e registros de voos monitorados pela Polícia Federal.

A investigação começou no Rio Grande do Norte, após denúncias de fraudes contra médicos gaúchos. Na época, os agentes identificaram um intermediário responsável por vender dados sigilosos via grupos de WhatsApp. A partir daí, chegaram ao homem detido em Pernambuco, considerado peça-chave para o funcionamento da rede criminosa.

Segundo o delegado responsável, o preso também enviou documentos confidenciais sobre o influenciador Felca para Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, detido em agosto em Olinda por ameaçar o youtuber após a divulgação do vídeo “Adultização”. Cayo lucrava com a venda de imagens de vítimas de estupro virtual.

Além da prisão em Pernambuco, a operação resultou em dois mandados cumpridos no Rio Grande do Norte e em São Paulo. Um dos alvos mantinha um grupo de “consulta de dados” no WhatsApp; o outro integrava o esquema de fraudes contra profissionais da saúde.

O caso reforça o alerta de especialistas sobre o mercado clandestino de informações pessoais. Conforme relatório da G1 Tecnologia, vazamentos de grandes bases de dados têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil, ampliando riscos de golpes e de perda de privacidade.

Para mitigar o problema, a Polícia Civil recomenda que empresas reforcem camadas de autenticação e mantenham auditorias constantes em seus sistemas, enquanto cidadãos devem monitorar movimentações financeiras e revisar permissões concedidas a aplicativos.

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Crédito da imagem: Polícia Civil de SP

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