Plano de Trump para Gaza divide Israel e Palestina

Plano de Trump para Gaza volta a colocar israelenses e palestinos em campos opostos. Anunciada por Donald Trump ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a proposta pretende encerrar quase dois anos de guerra entre Israel e o Hamas.
O esboço estabelece um “conselho de paz” chefiado pelo ex-presidente dos EUA para administrar Gaza durante uma transição. O documento recebeu apoio inicial de líderes europeus e de alguns países do Oriente Médio, mas gerou forte debate entre moradores diretamente afetados.
Plano de Trump para Gaza divide Israel e Palestina
Em um café de Jerusalém, dois israelenses disseram ver “um caminho” para o fim do conflito, mas questionaram se o Hamas realmente entregaria suas armas. “Sem desarmamento, qualquer acordo é inviável”, avaliou um deles.
No território palestino sitiado, deslocados internos afirmaram sentir-se esquecidos. Eles perguntam se suas necessidades básicas foram consideradas e recordam declarações anteriores de Trump sobre construir resorts na faixa costeira. “Tememos que o plano ignore quem perdeu tudo”, disse uma mulher abrigada em Rafah.
A composição do conselho de paz ainda não foi detalhada, mas envolveria representantes israelenses, palestinos e observadores internacionais. Segundo análise da BBC, a presença direta de Trump na administração interina busca dar rapidez às decisões, embora especialistas alertem para possíveis choques de autoridade com a ONU.
Líderes da França, Alemanha e Jordânia divulgaram notas públicas apoiando a proposta, classificando-a como “oportunidade rara”. Já o porta-voz do Hamas, em comunicado, afirmou que qualquer negociação deve começar pelo “fim completo do bloqueio” e pela “reconstrução imediata” de Gaza.
O governo israelense não comentou prazos para implementação. Fontes próximas a Netanyahu indicam que o plano será submetido ao gabinete de segurança nas próximas semanas, enquanto diplomatas norte-americanos iniciam consultas regionais.
Analistas lembram que iniciativas anteriores esbarraram na ausência de garantias de segurança e na crise humanitária. Desta vez, o desafio adicional será conciliar a participação direta de Trump com exigências de soberania palestina.
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Crédito da imagem: BBC
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