Plano de Trump para Gaza ganha apoio, mas falta detalhes

Plano de Trump para Gaza ganha apoio, mas falta detalhes

Plano de Trump para Gaza conquista velocidade diplomática ao receber endosso de potências árabes, islâmicas e até do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mas especialistas alertam para a escassez de pormenores que sustentem o projeto.

Jordânia, Egito, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Indonésia e Turquia alinharam-se publicamente ao esboço de 20 pontos apresentado por Donald Trump. Ao lado de Trump em Washington, Netanyahu também declarou apoio, apesar de o texto prever um “caminho credível” para a autodeterminação palestina, ideia que o líder israelense costuma rejeitar.

Plano de Trump para Gaza ganha apoio, mas falta detalhes

O ex-presidente dos Estados Unidos impôs urgência: deu ao Hamas “três a quatro dias” para aceitar ou recusar a proposta; em caso negativo, afirmou, os combates continuam. O documento se assemelha a iniciativa lançada por Joe Biden há mais de um ano, antes de a guerra aprofundar a devastação em Gaza, provocar milhares de mortes civis e agravar a crise humanitária.

Para a oposição israelense, o novo acordo representa oportunidade rara de pressionar pelo fim dos confrontos. Já partidos ultranacionalistas da coalizão governista criticaram frontalmente o texto: Itamar Ben Gvir classificou-o como “perigoso” e “cheio de falhas”, lembrando que o plano veta expulsões em massa dos mais de dois milhões de palestinos que vivem no enclave.

Internamente, Netanyahu gravou vídeo em hebraico negando ter concordado com um Estado palestino: “Não, absolutamente não. Nem está escrito no acordo. Resistiremos vigorosamente”, disse. Segundo ele, Trump teria concordado com essa posição. Ainda assim, analistas observam que, se o Hamas aceitar o pacto, o premiê poderá usar cláusulas ambíguas para protelar a retirada militar e culpar o grupo islâmico por eventuais impasses.

Entidades europeias e o Reino Unido enxergam na proposta um primeiro passo, porém ressaltam que qualquer solução sem independência palestina dificilmente trará paz duradoura. Declaração conjunta dos chanceleres árabes e islâmicos afirma que o plano deve resultar em retirada total israelense, reconstrução de Gaza e integração completa do território à Cisjordânia sob um Estado palestino, em conformidade com o direito internacional. A BBC destaca que a ambiguidade do texto permite interpretações opostas sobre soberania.

O avanço rápido — ponto forte do acordo — contrasta com sua principal fraqueza: a ausência de detalhes operacionais sobre cronograma de retirada das Forças de Defesa de Israel, segurança de civis e liberação de reféns. Negociações intensas serão necessárias, abrindo espaços para rupturas.

No cenário de impasse centenário, o plano de Trump para Gaza cria expectativa global, mas dependerá de concessões de todas as partes para evitar que a falta de definições fragilize o processo.

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Crédito da imagem: JIM LO SCALZO/POOL/EPA/Shutterstock

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