Otan reforça fronteira leste com o envio imediato de caças e tropas à Polônia, dois dias depois de 19 drones russos terem violado o espaço aéreo do país, derrubando parte dos artefatos e deixando destroços em zonas rurais.
Varsóvia classificou a incursão como “deliberada” e pediu apoio aos aliados. Moscou minimizou o episódio, afirmando não ter intenção de atingir alvos em território polonês.
Otan reforça fronteira leste após incursão de drones russos
A nova operação, batizada de Eastern Sentry, já conta com três contribuições confirmadas: a Dinamarca enviará dois caças F-16 e um navio de guerra; a França disponibilizará três Rafale; e a Alemanha despachará quatro Eurofighters. O Reino Unido declarou estar “totalmente comprometido” e deve divulgar detalhes adicionais em breve, segundo comunicado do Ministério da Defesa.
Reação internacional e apoio dos EUA
Em sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos reiteraram o compromisso de defender “cada centímetro do território da Otan”. A embaixadora interina Dorothy Shea lembrou que os ataques aéreos russos se intensificaram desde a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin, realizada no Alasca há cerca de um mês. Países europeus também condenaram o incidente, avaliando que o Kremlin mostra pouca disposição para negociar o fim da guerra na Ucrânia.
Reflexos regionais e novos deslocamentos
Holanda e República Tcheca anunciaram sistemas adicionais de defesa para a Polônia, enquanto a Lituânia receberá uma brigada alemã e alertas antecipados sobre projéteis que possam atravessar seu espaço aéreo. Paralelamente, Rússia e Belarus iniciaram exercícios militares quadrienais perto das fronteiras polonesa e lituana e no mar Báltico, negando qualquer ameaça aos vizinhos.
Resposta de Moscou
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, atribuiu a pausa nas negociações de paz ao “bloqueio” dos aliados europeus de Kiev. Na ONU, o embaixador russo Vasilly Nebenzia declarou ser “fisicamente impossível” que drones com alcance de 700 km chegassem à Polônia e propôs diálogo caso Varsóvia queira “reduzir tensões”.
Enquanto isso, líderes europeus alertam para o risco de escalada sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, ecoando as palavras do primeiro-ministro polonês Donald Tusk sobre a “proximidade de um conflito aberto”.
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Crédito da imagem: Reuters