OTAN alerta Rússia de que empregará todos os recursos militares e civis necessários para proteger seus 32 membros depois de dois episódios que irritaram a aliança: a derrubada de drones russos sobre a Polônia, em 10 de setembro, e a incursão de caças de Moscou no espaço aéreo da Estônia, na última sexta-feira.
No comunicado divulgado nesta terça-feira, o bloco enfatizou a vigência do Artigo 5 — ataque a um aliado é ataque a todos — e afirmou que responderá “no momento, domínio e forma” que considerar adequados, em conformidade com o direito internacional.
OTAN alerta Rússia após violações de espaço aéreo báltico
O tom duro veio na esteira do pedido formal da Estônia para consultas sob o Artigo 4, que permite reunir os embaixadores quando a integridade territorial ou a segurança de um membro está ameaçada. Segundo Tallinn, três jatos russos permaneceram 12 minutos em seu espaço aéreo sem autorização; Moscou nega a acusação.
Na Polônia, o primeiro-ministro Donald Tusk declarou que “objetos voadores serão abatidos sem discussão” caso cruzem a fronteira. Questionado se a OTAN seguiria a mesma linha, o secretário-geral interino, Mark Rutte, respondeu que cada caso será avaliado conforme intenção, armamento e risco a civis ou infraestrutura.
Observadores veem nos incidentes um teste à prontidão da aliança em meio à guerra da Ucrânia. A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou na ONU que “a Rússia continuará provocando enquanto permitirmos”, reforçando a necessidade de coesão ocidental.
Analistas lembram que, além dos custos militares, paira a incerteza sobre o envolvimento futuro dos Estados Unidos, principal fiador da segurança europeia — tema já citado em advertências de Washington. Relatório recente da OTAN aponta aumento de atividades aéreas russas nas fronteiras orientais desde o início de 2024.
Rutte informou ainda ser “cedo demais” para vincular o fechamento temporário do espaço aéreo de Copenhague, na madrugada de segunda-feira, a possíveis drones russos, mas reforçou que a investigação continua.
Com os céus sob tensão, os ministros de Defesa dos países aliados se reúnem nas próximas semanas para revisar protocolos de interceptação e regras de engajamento, buscando impedir que novas violações escalem para confronto direto.
Em resumo, a OTAN sinaliza que não tolerará testes de Moscou e, se necessário, recorrerá ao mecanismo coletivo de defesa. Para aprofundar como essas tensões afetam a inovação militar, leia também nossa análise em Ciência e tecnologia. Continue acompanhando nossa cobertura para entender os próximos passos da segurança europeia.
Crédito: Global News