OpenAI encerra armazenamento de conversas apagadas do ChatGPT

OpenAI encerra armazenamento de conversas apagadas do ChatGPT após nova decisão da Justiça dos Estados Unidos, divulgada na quinta-feira (9). A ordem revoga a determinação de junho que obrigava a companhia a conservar, por tempo indeterminado, todos os logs de interações dos usuários, mesmo quando excluídos.
A medida ocorre no âmbito do processo movido em 2023 pelo The New York Times, que acusa a desenvolvedora e a Microsoft de utilizarem milhões de textos protegidos por direitos autorais para treinar o ChatGPT e o Copilot. À época, o jornal argumentou que as conversas poderiam conter provas de uso indevido de material pago.
OpenAI encerra armazenamento de conversas apagadas do ChatGPT
Com a nova decisão, a OpenAI volta a aplicar seu padrão de privacidade: diálogos apagados pelos usuários deixam de ser retidos em servidores da empresa. A exceção fica para contas especificamente citadas na ação, cujos registros continuarão preservados até a conclusão do litígio.
Entre junho e a revogação, representantes do jornal tiveram acesso aos logs mantidos pela companhia para verificar possíveis tentativas do bot de contornar paywalls. Segundo a empresa liderada por Sam Altman, esses registros continham apenas as respostas geradas pela inteligência artificial, sem os prompts originais dos usuários.
A startup sustentou que a obrigação de guardar conteúdos deletados violava suas políticas de uso e ameaçava a confiança do público. O tribunal agora reconheceu que preservar dados indefinidamente poderia expor informações sensíveis e comprometer a privacidade dos clientes.
Especialistas em proteção de dados avaliam que a decisão é um precedente importante para o setor de IA generativa. “Resguardar a confidencialidade das interações é crucial para o avanço responsável da tecnologia”, afirmou um analista ouvido pela Ars Technica.
Apesar do alívio para a maioria dos usuários, as conversas armazenadas entre junho e outubro de 2025 continuarão acessíveis às partes do processo enquanto o caso não for encerrado. A OpenAI reiterou que seguirá colaborando com a Justiça, mas celebra a retomada de suas práticas originais de exclusão.
No curto prazo, a mudança deve aumentar a confiança dos usuários que dependem do ChatGPT para tarefas sensíveis ao sigilo, como rascunhos de contratos ou códigos proprietários. No longo prazo, o desfecho do processo com o jornal poderá redefinir as bases legais de treinamento de modelos de linguagem.
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Crédito da imagem: portishead1/Getty Images
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