ONU exige justiça após ataque duplo a hospital em Gaza
ONU exige justiça após ataque duplo a hospital em Gaza
ONU exige justiça após ataque duplo a hospital em Gaza que deixou pelo menos 20 mortos, entre eles cinco jornalistas e quatro profissionais de saúde, no complexo Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. O bombardeio, realizado na segunda-feira (24), provocou forte reação internacional e foi classificado pelo premiê britânico Keir Starmer como “completamente indefensável”.
ONU exige justiça após ataque duplo a hospital em Gaza
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas afirmou que o episódio “levanta sérias questões sobre a mira em jornalistas” e cobrou que “os responsáveis sejam responsabilizados”. A entidade recordou que investigações anteriores de Israel sobre mortes em Gaza não resultaram em punições efetivas.
Horas depois, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram uma investigação preliminar informando que o alvo seria “uma câmera posicionada pelo Hamas” usada para observar tropas israelenses. Segundo o relatório, seis das vítimas seriam “militantes”, mas não foi detalado por que um segundo ataque ocorreu cerca de dez minutos após o primeiro.
Um porta-voz militar declarou que repórteres da Reuters e da Associated Press não eram alvo da operação, contrapondo a primeira reação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que havia tratado o caso como “trágico engano”. A IDF admitiu “lacunas” na autorização da ação e disse analisar o tipo de munição empregado e o processo decisório no terreno.
Enquanto isso, manifestantes bloquearam rodovias e realizaram atos em Tel Aviv, Jerusalém e outras cidades israelenses para pressionar o governo a aceitar um acordo que garanta a libertação de reféns mantidos pelo Hamas e encerre a guerra. Familiares de sequestrados alertam que apenas 20 dos 50 israelenses ainda vivos poderiam ser salvos após 22 meses de conflito.
Do lado palestino, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas relatou a chegada de 75 corpos a hospitais em 24 horas, em meio a ofensiva que já provocou mais de 62,8 mil mortes, segundo a pasta. A crise humanitária se agrava com a confirmação de fome severa por um organismo apoiado pela ONU, declaração rebatida por Israel.
Em nota oficial divulgada pelo portal das Nações Unidas, disponível em news.un.org/pt, o porta-voz Thameen al-Kheetan reforçou que “as investigações precisam produzir resultados concretos” e reiterou o apelo por justiça.
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Crédito da imagem: Reuters

Imagem: Internet