Nubank alcança US$ 76,97 bilhões e assume a liderança em valor de mercado no Brasil

Nubank alcança US$ 76,97 bilhões e assume a liderança em valor de mercado no Brasil

Lead — quem, o quê, quando, onde e por quê

O banco digital Nubank atingiu valor de mercado de US$ 76,97 bilhões, conforme levantamento publicado em 28 de janeiro pelo portal Companies Market Cap. O montante posiciona a instituição à frente da Petrobras, avaliada em US$ 74,67 bilhões, e confere ao Nubank o status de empresa de maior capitalização da bolsa brasileira naquele momento. A marca reflete a evolução da companhia desde sua fundação como fintech em 2013, reforçando a relevância de um modelo de negócios baseado em operações digitais, estrutura de custos reduzida e escala de clientes em expansão.

Índice

Panorama do marco financeiro

A superação da Petrobras representa um marco simbólico para o mercado nacional, tradicionalmente dominado por empresas de setores clássicos como petróleo, mineração e bancos convencionais. A liderança momentânea do Nubank indica a mudança no perfil de companhias capazes de atrair capital elevado na B3, reforçando a crescente importância de plataformas tecnológicas no sistema financeiro brasileiro.

Além de destacar a valorização individual da fintech, o movimento evidencia a sensibilidade do ranking às flutuações diárias de preço das ações. Por tratar-se de capital aberto negociado em bolsa norte-americana, a capitalização do Nubank é calculada em dólares e pode variar com a oscilação cambial e a volatilidade dos papéis.

Detalhamento do valor de mercado

O valor de mercado de US$ 76,97 bilhões é resultado da multiplicação do preço de encerramento das ações pela quantidade total de papéis emitidos. No pregão que antecedeu a divulgação, os títulos da companhia encerraram a US$ 15,93, proximidade do recorde histórico de US$ 16,30 registrado em 22 de setembro. O avanço acumulado de 53,7 % em 2025 contribuiu diretamente para a ultrapassagem da estatal petrolífera.

No mesmo levantamento, o Itaú Unibanco, maior banco tradicional privado do país, figurou com US$ 72,69 bilhões. A mineradora Vale (US$ 49,60 bilhões) e o banco de investimentos BTG Pactual (US$ 49,41 bilhões) completaram, junto a Nubank e Petrobras, o grupo das cinco empresas brasileiras mais valiosas.

Posição no contexto latino-americano

Embora lidere o ranking nacional, o Nubank ocupa a segunda colocação na América Latina. O Mercado Livre permanece no topo regional com US$ 116,1 bilhões de capitalização, distância que ilustra a dimensão do comércio eletrônico na região. Ainda assim, o Nubank mantém vantagem sobre instituições financeiras rivais latino-americanas, reforçando competitividade em escala continental.

Comparação global no setor financeiro

Em termos mundiais, o banco digital aparece como a 40ª maior empresa do setor financeiro. A posição coloca a companhia à frente de instituições centenárias como BNY Mellon (US$ 75,62 bilhões), Barclays (US$ 75,05 bilhões) e US Bancorp (US$ 73,55 bilhões). O dado indica a velocidade com que uma organização fundada há pouco mais de uma década conseguiu aproximar-se do grupo de gigantes globais, ainda que permaneça distante das líderes absolutas em capitalização.

Desempenho das ações em 2025

O avanço de 53,7 % nas ações em 2025 explica parte relevante da valorização recente. Desde o início do ano, o papel tem respondido positivamente a divulgações trimestrais com receitas recordes e expansão de base de clientes. A cotação próxima ao pico histórico sinaliza confiança de investidores na continuidade do crescimento de lucros e na disciplina de custos operacionais.

Como reflexo direto, a participação de mercado do Nubank em crédito e serviços financeiros vem aumentando, gerando expectativa de novos saltos de capitalização caso a trajetória de resultados seja mantida.

Ranking das maiores empresas brasileiras

Segundo o Companies Market Cap, as dez empresas de maior valor na bolsa brasileira naquele dia apresentaram a seguinte distribuição:

1. Nubank — US$ 76,97 bilhões
2. Petrobras — US$ 74,67 bilhões
3. Itaú Unibanco — US$ 72,69 bilhões
4. Vale — US$ 49,60 bilhões
5. BTG Pactual — US$ 49,41 bilhões
6. Santander Brasil — US$ 40,94 bilhões
7. Ambev — US$ 34,88 bilhões
8. Bradesco — US$ 33,29 bilhões
9. WEG ON — US$ 33,13 bilhões
10. Klabin — US$ 24,01 bilhões

A listagem revela predominância dos setores financeiro, de energia e de bens de consumo, mas confirma a ascensão de empresas com modelos de negócios centrados em tecnologia e eficiência digital.

Crescimento reconhecido pela revista Fortune

Em outubro, a Nu Holdings, controladora do Nubank, alcançou a quarta posição na lista das 100 empresas que mais crescem em 2025, publicada pela revista Fortune. O ranking considera variação de receita, lucro por ação e retorno total ao acionista em horizonte de três anos. O desempenho reforça o ritmo de expansão da fintech em métricas fundamentais de geração de valor.

Em declaração institucional, a diretoria atribuiu o reconhecimento a um modelo operacional que utiliza tecnologia para manter estrutura enxuta e repassar ganhos de eficiência ao cliente, estratégia considerada pilar para o crescimento orgânico observado.

Base de clientes e eficiência operacional

Relatório do segundo trimestre indicou 123 milhões de clientes, com taxa de atividade mensal superior a 83 %, evidenciando alto engajamento. A receita trimestral alcançou US$ 3,7 bilhões, 40 % acima do período equivalente do ano anterior. Ao mesmo tempo, o custo médio para atender cada cliente ativo permaneceu em US$ 0,8 por mês, número que reforça a sustentação do modelo de baixo custo.

Esses indicadores sustentam a percepção de que a escalabilidade da plataforma digital permite atender volumes crescentes sem comprometer margens, fator decisivo para a valorização de mercado observada.

Disputa histórica com o Itaú Unibanco

Nos últimos anos, Nubank e Itaú Unibanco alternaram a liderança em valor de mercado entre bancos latino-americanos. Episódios de forte volatilidade, como a queda superior a 15 % nos papéis do Nubank em um único dia de fevereiro de 2024, chegaram a devolver temporariamente a primeira posição ao banco tradicional. Em maio do mesmo ano, a fintech retomou a dianteira ao reportar lucro trimestral de US$ 378,8 milhões, 160 % acima do mesmo intervalo de 2023.

Além da capitalização de mercado, a base de correntistas também se tornou objeto de comparação. Dados do Banco Central mostraram que, em janeiro de 2025, o Nubank ultrapassou o Itaú em número de clientes, chegando a 100,8 milhões. No ranking geral de clientes bancarizados, a fintech ocupa a terceira posição, atrás apenas da Caixa Econômica Federal (157,5 milhões) e do Bradesco (110,5 milhões).

Oscilação natural do posto de liderança

Embora o valor alcançado tenha colocado o Nubank no topo da bolsa brasileira, analistas de mercado lembram que a liderança pode mudar de forma recorrente, pois depende da variação diária das ações e da cotação do dólar. A própria Petrobras, exposta a oscilações de preços do petróleo e a fatores macroeconômicos, já retomou a primeira posição em outras ocasiões. Assim, a fotografia divulgada em 28 de janeiro representa um retrato de momento, mas sinaliza a tendência de consolidação de companhias tecnológicas entre os maiores nomes do mercado de capitais nacional.

Implicações para o ambiente corporativo brasileiro

A ascensão da fintech, fundada há pouco mais de dez anos, demonstra que modelos de negócio de base tecnológica podem atingir rapidamente valores de mercado tradicionais. Para o segmento financeiro, a valorização reforça a necessidade de digitalização contínua dos bancos convencionais. Para investidores, o dado confirma o apetite do mercado por organizações capazes de combinar crescimento acelerado, rentabilidade e custos operacionais enxutos.

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