Novo mural de Banksy retrata juiz agredindo manifestante

Novo mural de Banksy retrata juiz agredindo manifestante é a mais recente intervenção do artista britânico, descoberta na manhã de segunda-feira (8) na fachada externa da Royal Courts of Justice, em Londres. A pintura exibe um juiz, vestido com peruca e toga, usando um martelo de audiência para golpear um manifestante caído que segura um cartaz manchado de sangue.

Logo após a aparição, funcionários de segurança cobriram a arte com plástico preto, instalaram barreiras metálicas e designaram dois vigilantes para proteger o local. A decisão oficial é remover a obra o quanto antes para preservar a integridade arquitetônica do edifício, que tem 143 anos e é tombado como patrimônio histórico.

Novo mural de Banksy retrata juiz agredindo manifestante

O Serviço de Tribunais e Julgados (HMCTS) declarou que, por se tratar de um prédio listado, qualquer alteração na fachada deve manter o caráter original. “Somos obrigados a conservar a aparência histórica do Royal Courts of Justice”, afirmou um porta-voz ao canal Sky News.

Banksy confirmou a autoria ao publicar uma foto da pintura em seu perfil no Instagram, procedimento habitual para autenticar seus trabalhos. Segundo análise da BBC, a obra segue a linha crítica do artista, conhecida por denunciar injustiças sociais, políticas migratórias e conflitos armados.

Nos últimos anos, o artista se envolveu em ações de forte teor político. Durante o festival de Glastonbury, em 2024, um bote inflável com manequins de migrantes foi exibido no palco principal, provocando reação do então secretário do Interior do Reino Unido. Banksy explicou que a ação fazia referência ao MV Louise Michel, embarcação financiada por ele para resgatar crianças imigrantes no Mediterrâneo.

Além de despertar debates, as criações de Banksy movimentam cifras milionárias em leilões e são alvo frequente de furtos e vandalismo. A remoção anunciada para o mural em Londres reacende discussões sobre preservação artística versus conservação de patrimônios históricos.

Ainda não há informações sobre o destino da obra após a retirada, nem se será possível preservá-la em local alternativo. Organizações de arte de rua defendem a manutenção in loco, alegando que o contexto urbano faz parte da mensagem.

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Dan Kitwood/Getty Images

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