Notebook com IA inaugura uma fase em que o sistema operacional deixa de ser passivo e passa a antecipar ações do usuário, graças à integração de unidades de processamento neural (NPU) capazes de superar 40 TOPS. Esse patamar, já exigido pelo Windows 11, viabiliza a execução local de modelos de linguagem e imagem, reduzindo latência e aumentando a confidencialidade dos dados.
Na prática, o Windows incorpora um Small Language Model multimodal que roda direto na NPU. A solução abastece recursos internos e fornece APIs a programas de terceiros, permitindo respostas imediatas, economia de bateria e operação offline. No front-end, o Copilot conecta arquivos, aplicativos e preferências de forma contextual, atuando como assistente pessoal permanente.
Notebook com IA ganha velocidade, segurança e personalização
Estudos citados pela IDC indicam que 81 % dos executivos planejam integrar agentes de IA aos fluxos de trabalho nos próximos 18 meses, reforçando a adoção de notebooks com IA de fábrica. Esse movimento inclui trilhas de capacitação, catálogos de prompts e políticas de governança para assegurar uso responsável e retorno sobre investimento.
Fora do ecossistema Microsoft, o Android avança com o Gemini integrado a todo o sistema. O assistente nativo utiliza voz, visão e texto para interpretar o conteúdo em tela, sempre sob permissão explícita do usuário. Essa abordagem nativa, segundo o IDC, fortalece a privacidade por desenho e garante experiência consistente em smartphones, tablets e, agora, Chromebooks equipados com NPU.
Segurança, antes vista como obstáculo, torna-se diferencial competitivo. A Microsoft processa 78 trilhões de sinais diários para treinar modelos que detectam anomalias e priorizam respostas por risco; já o Google Play Protect analisa mais de 200 bilhões de aplicativos por dia. Essas redes globais geram políticas mais precisas, reduzem falsos positivos e protegem endpoints com telemetria responsável.
Com hardware preparado, tarefas como tradução instantânea, sumarização de reuniões e busca contextual ocorrem em milissegundos, mesmo sem conexão. Equipes de TI podem definir, por política, o que permanece no dispositivo e o que vai para a nuvem, equilibrando custo, performance e compliance.
As projeções da IDC apontam para 273 milhões de PCs vendidos em 2025, crescimento de 3,7 % em relação ao ano anterior; a maioria já chegará com capacidades de IA generativa até 2026. Isso impulsiona configurações com NPU dedicada, memória generosa e integração nativa a serviços de nuvem híbrida.
Em síntese, a computação pessoal entra em fase de orquestração inteligente: mais velocidade, segurança preditiva e personalização. Quem adotar notebooks com IA primeiro tende a colher vantagem estrutural na próxima década.
Para acompanhar outras inovações em tecnologia, visite nossa editoria de Ciência e tecnologia e fique sempre atualizado.
Imagem: Microsoft