Netanyahu é obstáculo para libertar reféns — Famílias de 48 israelenses ainda mantidos pelo Hamas afirmam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é “o único obstáculo” à libertação de seus parentes e a um acordo de cessar-fogo.
O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos declarou nas redes sociais que o recente ataque israelense em Doha, no Catar, mostra que “sempre que um acordo se aproxima, Netanyahu o sabota”. A operação, confirmada por Israel, matou cinco integrantes do Hamas e um agente de segurança catariano, segundo o grupo palestino.
Netanyahu é obstáculo para libertar reféns, dizem famílias
No sábado, Netanyahu declarou que eliminar dirigentes do Hamas no Catar “removeria o principal entrave” à libertação dos reféns e ao fim da guerra que começou em 7 de outubro de 2023. Ele acusou a facção de bloquear todos os cessar-fogos para prolongar o conflito em Gaza.
Para as famílias, a fala do premiê é “mais uma desculpa” por não trazer de volta os capturados. Elas afirmam que a demora “custou a vida de 42 reféns e coloca em risco os que restam”. O grupo exige o fim do que chama de “manobras para ganhar tempo e manter-se no poder”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegou a Israel no mesmo dia para discutir o episódio. Antes da viagem, Rubio disse que o presidente Donald Trump “não ficou satisfeito” com o ataque em Doha, mas ressaltou que a relação entre Washington e Tel Aviv permanece “muito forte”. Para ele, a prioridade norte-americana continua sendo a libertação de todos os reféns e o fim dos combates em Gaza.
O Catar, sede de uma importante base aérea dos EUA e mediador frequente na região, condenou o bombardeio como “covarde” e “flagrante violação do direito internacional”, segundo informou a rede BBC.
Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel intensificam ataques aéreos sobre a Cidade de Gaza e alertam os moradores para uma iminente ofensiva terrestre. A ONU adverte que novos combates em uma área já atingida por fome “empurrarão civis para uma catástrofe ainda maior”. Desde o início do conflito, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas contabiliza 64.605 mortos em Gaza.
Em meio à escalada, o Fórum de Famílias insiste que a única saída é um acordo imediato que priorize vidas civis e a volta dos reféns, antes que mais perdas se tornem irreversíveis.
Quer acompanhar os desdobramentos desta crise e outras pautas internacionais? Visite nossa seção de notícias em onlinedigitalsolucoes.com e continue informado.
Crédito da imagem: Getty Images