Morte do elefante africano Shankar expõe isolamento

Morte do elefante africano Shankar expõe isolamento

Morte do elefante africano Shankar volta a colocar em evidência as críticas ao manejo de grandes mamíferos em cativeiro. O animal, único da espécie no Zoológico de Delhi, recusou alimento na quarta-feira (26) e desabou horas depois, morrendo aos 29 anos.

De acordo com o diretor do zoológico, Sanjeet Kumar, veterinários tentaram reanimá-lo, mas o óbito ocorreu em menos de 40 minutos. Um inquérito interno foi aberto para determinar a causa exata do falecimento.

Morte do elefante africano Shankar expõe isolamento

Shankar chegou à Índia em 1998 como presente diplomático do Zimbábue ao então presidente Shankar Dayal Sharma. Dois anos depois, sua companheira morreu, deixando-o sozinho. Tentativas de integrá-lo a elefantes asiáticos fracassaram por comportamento agressivo mútuo, e, em 2012, o macho foi transferido para um recinto isolado, apesar de norma federal de 2009 proibir manutenção solitária de elefantes por mais de seis meses.

Organizações de bem-estar animal lutavam há anos pela transferência de Shankar para um santuário com outros elefantes africanos. Em 2021, uma petição no Tribunal Superior de Delhi pediu a remoção imediata, mas foi arquivada em 2023, orientando a autora a buscar a comissão que regula translocações de fauna em zoológicos.

A pressão internacional aumentou quando, em outubro de 2024, a Associação Mundial de Zoológicos e Aquários suspendeu o zoológico indiano, acusando condições inadequadas e uso de correntes. A entidade deu prazo até abril de 2025 para que Shankar fosse realocado ou recebesse cuidados melhores. Dias depois, o governo anunciou negociações com Zimbábue e Botsuana para trazer uma fêmea, mas o processo não avançou a tempo.

Ativistas como Nikita Dhawan, fundadora da Youth For Animals, classificam a morte como “evitável” e resultado de “anos de negligência”. Para a especialista Gauri Maulekhi, o caso deve ser um marco para pôr fim ao isolamento de animais sociáveis em zoológicos.

Reportagem da BBC News lembra que a expectativa de vida de um elefante africano chega a 70 anos em ambiente adequado, quase o dobro da idade atingida por Shankar.

A autópsia e a investigação administrativa deverão indicar se fatores como estresse prolongado ou falhas nos protocolos de manejo contribuíram para a morte do animal.

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Crédito da imagem: Getty Images

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