Mini-Starship europeia recebe investimento de R$ 250 mi

Mini-Starship europeia começa a sair do papel após a Agência Espacial Europeia (ESA) destinar 40 milhões de euros, cerca de R$ 250 milhões, à italiana Avio. O acordo, assinado durante o Congresso Internacional de Astronáutica em Sydney, prevê o desenvolvimento de um estágio superior totalmente reutilizável para lançadores orbitais.
Com duração de 24 meses, o contrato estabelece requisitos, desenho de sistema e tecnologias para criar um demonstrador capaz de retornar à Terra em segurança e voar novamente. As tarefas abrangem desde testes em solo até a entrega de um projeto preliminar.
Mini-Starship europeia recebe investimento de R$ 250 mi
Segundo a ESA, foguetes reutilizáveis frequentes serão essenciais para viabilizar “centros de transporte em órbita”, conceito que projeta terminais aeroespaciais no espaço nas próximas décadas. Para isso, a agência quer reduzir custos operacionais e aumentar a cadência de voos, inspirando-se na Starship da SpaceX.
Instalada em Colleferro, perto de Roma, a Avio lidera a propulsão espacial europeia com a família de foguetes Vega. A companhia contribuirá com experiência em motores de oxigênio líquido e metano e com o know-how adquirido no programa de reentrada Space Rider, a fim de entregar uma solução “leve e de alto desempenho”, afirmou o CEO Giulio Ranzo.
O projeto soma-se ao Themis, primeiro protótipo de foguete reutilizável em escala real da ESA, atualmente em testes em Kiruna, Suécia. Com 30 metros de altura, o veículo foi desenvolvido em parceria com a ArianeGroup e outros 25 participantes de 12 países da União Europeia.
Hoje, o principal lançador europeu é o Ariane, da Arianespace, que possui estágio superior reiniciável, mas não reutilizável. A ESA avalia que unir experiência em lançamento e reentrada a um estágio orbital recuperável “pode ser um divisor de águas” para flexibilidade, competitividade e eficiência de custos.
Mais detalhes sobre a estratégia da agência podem ser encontrados no site oficial da European Space Agency, que destaca a importância de reduzir desperdícios e elevar a sustentabilidade das missões.
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Crédito da imagem: ESA/Divulgação
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