México nega acordo com DEA para operação anticartel
México nega acordo com DEA para operação anticartel
México nega acordo com DEA para operação anticartel ao afirmar que não firmou nenhum pacto com a agência norte-americana para o chamado Projeto Portero, iniciativa anunciada pela Drug Enforcement Administration (DEA) como ação de “alto nível” contra o tráfico de drogas, armas e dinheiro na fronteira.
México nega acordo com DEA para operação anticartel
Durante coletiva matinal desta terça-feira (11), a presidente Claudia Sheinbaum disse que “não existe acordo algum” entre seu governo e a DEA. Horas antes, a agência divulgara nota descrevendo o Portero como operação conjunta para treinar investigadores mexicanos em um centro de inteligência dos Estados Unidos.
Visivelmente contrariada, Sheinbaum esclareceu que apenas quatro policiais mexicanos participaram de um workshop no Texas, sem envolver compromissos formais. “A DEA publicou esse comunicado sem nossa coordenação. Nenhuma instituição de segurança assinou qualquer entendimento”, declarou.
A embaixada dos EUA no México e a própria DEA não responderam de imediato aos pedidos de comentário. O comunicado da agência citava a presença de promotores, militares e agentes de inteligência americanos no treinamento. Também incluía declaração do diretor interino Terry Cole, que prometia “planejar e operar lado a lado” com os parceiros mexicanos.
Apesar do desmentido, Sheinbaum reconheceu que equipes dos dois países trabalham há meses em um acordo de segurança mais amplo, “praticamente finalizado”, baseado nos princípios de soberania, confiança mútua, respeito territorial e coordenação sem subordinação.
O episódio ocorre após sinais de reaproximação bilateral. Na semana passada, México e Estados Unidos prorrogaram entendimentos para evitar tarifas e confirmaram a extradição de 26 integrantes de cartéis. O relacionamento havia sido abalado na gestão de Andrés Manuel López Obrador, que limitou operações da DEA em solo mexicano.
Analistas veem a reação de Sheinbaum como tentativa de reforçar posição de independência enquanto mantém a cooperação. Segundo reportagem da Reuters, Washington segue pressionando por ações mais incisivas contra o fentanil e outras drogas sintéticas que entram nos EUA.
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Crédito da imagem: Globalnews.ca

Imagem: María Verza The Associat