Meta Llama na segurança nacional passa a ocupar posição central nas iniciativas tecnológicas do governo dos Estados Unidos, após o anúncio oficial feito nesta segunda-feira (22) pela companhia de Mark Zuckerberg.
A empresa confirmou que “dezenas” de órgãos federais e parceiros da indústria já integram o modelo de inteligência artificial em projetos militares e de inteligência, amparados por ambientes considerados altamente sensíveis.
Meta Llama: expansão na segurança nacional dos EUA
Segundo a Meta, a adoção do Llama foi simplificada graças à estratégia OneGov, que elimina negociações separadas entre agências, reduzindo tempo e duplicidade de esforços. Até então, o modelo aberto estava restrito a aplicações de segurança nacional e ao Laboratório Nacional da Estação Espacial Internacional.
A ampliação de uso conta com suporte de gigantes como Amazon Web Services (AWS) e Snowflake, responsáveis por levar o Llama a diferentes ramos das Forças Armadas. A big tech ressalta que o custo de criação e implantação é menor porque todo o ecossistema está disponível de forma pública, dispensando acordos de aquisição — cenário distinto dos contratos firmados pelo governo norte-americano com Google, OpenAI e Anthropic.
Mark Zuckerberg afirmou que a medida “garante que todos os estadunidenses vejam os benefícios da inovação em IA por meio de serviços públicos melhores e mais eficientes”. A Meta destaca que as agências federais mantêm controle total sobre processamento e armazenamento de dados, aspecto crítico para operações de defesa.
Entre as aplicações práticas, o Comando de Operações Especiais (USSOCOM) adotou o SOFChat, primeira plataforma corporativa de IA generativa criada em parceria com a startup Legion Intelligence. O sistema gera relatórios de inteligência até 18 vezes mais rápido e processa vídeos nove vezes com maior agilidade.
Outra iniciativa, conduzida pela EdgeRunner AI, mostrou que é possível rodar modelos derivados do Llama em laptops convencionais, permitindo usos em locais remotos sem conexão à internet. As funções vão de tradução de idiomas à identificação de áreas seguras para pouso de aeronaves.
A Lockheed Martin, por sua vez, utiliza o Llama em simulações de voo para a Força Aérea, Marinha e pilotos internacionais. Com auxílio da plataforma AI Factory, a divisão Skunk Works criou um assistente virtual capaz de acelerar o entendimento de engenheiros sobre o Joint Simulation Environment (JSE).
O Departamento de Defesa norte-americano, referência global em tecnologia militar, acompanha de perto a iniciativa, como detalha o site oficial da instituição Defense.gov.
A Meta reforça que estes são apenas exemplos iniciais e que pretende ampliar o apoio ao governo dos EUA e a aliados para impulsionar descobertas, ganhos de eficiência e avanços tecnológicos.
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Imagem: Divulgação/Meta