Meta compra Manus e amplia aposta bilionária em agentes de inteligência artificial

Meta compra Manus e, com isso, reforça uma estratégia que vem moldando o posicionamento da companhia no mercado de inteligência artificial. O anúncio da aquisição foi feito nesta terça-feira e representa o mais recente passo de um cronograma de investimentos que já ultrapassou cifras bilionárias em 2025.
- Panorama geral da Meta compra Manus
- Quem está por trás da Meta compra Manus
- Motivação por trás da Meta compra Manus
- Detalhes financeiros e técnicos da negociação
- Impacto imediato da Meta compra Manus nos usuários
- Como a integração da tecnologia será realizada
- Repercussão de mercado diante da Meta compra Manus
- Próximos passos após a aquisição
Panorama geral da Meta compra Manus
A transação coloca sob o guarda-chuva da Meta Platforms uma desenvolvedora sediada em Cingapura, reconhecida por criar agentes de IA capazes de executar tarefas completas, como pesquisas de mercado, programação e análises de dados. Embora os valores oficiais não tenham sido divulgados, veículos financeiros como CNBC e Wall Street Journal projetam que o montante ultrapassa a marca de US$ 2 bilhões.
A Meta deve integrar a tecnologia da Manus ao seu assistente Meta AI, ampliando a automação disponível em produtos de consumo e em serviços corporativos. Segundo comunicado da companhia, a incorporação tem a finalidade de acelerar soluções já utilizadas por milhões de pessoas em todo o mundo.
Quem está por trás da Meta compra Manus
O movimento envolve duas organizações com trajetórias distintas, porém complementares. De um lado, a Meta Platforms, conglomerado que controla redes sociais, dispositivos de realidade virtual e projetos de IA generativa. De outro, a Manus, empresa fundada originalmente na China como um braço da startup Butterfly Effect (Monica.Im) e que transferiu a sede para Cingapura em junho.
Desde o início, a Manus chamou atenção por apresentar resultados rápidos: em apenas oito meses após o lançamento, alcançou receita média anualizada superior a US$ 100 milhões. Atualmente, sua taxa de execução de receitas ultrapassa os US$ 125 milhões, impulsionada por um modelo de assinaturas que combina planos gratuitos e pagos.
Motivação por trás da Meta compra Manus
A motivação declarada envolve acelerar a inovação em automação digital. A plataforma da Manus já processou mais de 147 trilhões de tokens e dá suporte a mais de 80 milhões de computadores virtuais, números que, para a Meta, significam escalabilidade imediata. Incorporar esses agentes ao Meta AI permite que o assistente execute fluxos inteiros de trabalho sem intervenção humana, algo considerado fundamental para diferenciar os serviços da companhia frente a concorrentes.
A aquisição também responde à movimentação do mercado. Gigantes como Microsoft vinham demonstrando interesse na Manus, especialmente após testes de integração com o Windows 11. Ao trazer a startup para dentro do próprio ecossistema, a Meta impede avanços rivais e fortalece seus modelos de linguagem Llama, base de suas ofertas de IA generativa.
Detalhes financeiros e técnicos da negociação
Apesar de não haver confirmação oficial sobre valores, a estimativa de superar US$ 2 bilhões coloca a compra na mesma ordem de magnitude de outros desembolsos recentes da Meta. Somente em 2025, a companhia destinou US$ 14,3 bilhões à Scale AI e adquiriu a startup de dispositivos vestíveis Limitless. A continuidade dessa estratégia sugere a formação de um portfólio de tecnologias complementares, alinhadas ao plano de expansão dos data centers e à necessidade de infraestrutura para treinar modelos cada vez maiores.
No que diz respeito ao capital da Manus, a empresa já havia arrecadado US$ 75 milhões em uma rodada Série B liderada pela Benchmark, com participações de Tencent e HongShan Capital Group. Esses investidores agora veem a operação ser concluída em um patamar significativamente mais alto, refletindo o interesse crescente por soluções de automação de ponta a ponta.
Impacto imediato da Meta compra Manus nos usuários
Para quem já utiliza a plataforma da Manus, a Meta assegura que o sistema de assinaturas continuará inalterado. Planos gratuitos e pagos permanecem disponíveis, evitando ruptura no serviço e mantendo a base de receita recorrente que contribuiu para o rápido crescimento da startup.
No ecossistema da Meta, a curto prazo, a principal mudança deve ocorrer no funcionamento do Meta AI. Com a nova tecnologia, o assistente tende a ganhar recursos de delegar tarefas em cadeia, entregando resultados completos sem exigir etapas manuais. A empresa afirma que equipes de IA serão integradas, inclusive absorvendo profissionais da Manus, seguindo a política de trazer talentos de alto nível de organizações como OpenAI e Google.
Como a integração da tecnologia será realizada
De acordo com nota da companhia, a Manus passará a operar como núcleo de desenvolvimento dedicado dentro da estrutura de IA da Meta. A missão inicial é adaptar os agentes já existentes para as plataformas próprias do conglomerado, que incluem redes sociais, aplicativos de mensagens, dispositivos de realidade virtual e ofertas corporativas.
Em termos práticos, isso significa possibilitar que usuários ativem agentes automatizados diretamente em produtos como o WhatsApp ou o Messenger para realizar pesquisas, gerar relatórios ou programar scripts simples. No ambiente corporativo, a Meta deve oferecer as mesmas funcionalidades via APIs, ampliando a presença em setores que demandam automação intensiva.
Repercussão de mercado diante da Meta compra Manus
A aquisição confirma a tendência de consolidação no segmento de IA. Desde o início do ano, startups de alto desempenho vêm sendo alvo de empresas de grande porte que buscam acelerar roadmaps internos. Para analistas, o fato de a Meta optar por uma compra superior a US$ 2 bilhões, em vez de parcerias, indica que a companhia avalia a Manus como peça estratégica, não apenas como fornecedora de tecnologia.
Além do aspecto financeiro, a movimentação reforça a competição direta com Microsoft e OpenAI. Em maio, a Manus demonstrou publicamente resultados superiores a ferramentas da OpenAI em determinados benchmarks de execução de tarefas, o que elevou sua visibilidade. A disputa por tecnologias de agentes capazes de atuar de ponta a ponta tende a se intensificar ao longo do ano.
Próximos passos após a aquisição
O cronograma divulgado pela Meta aponta integração progressiva da Manus ao Meta AI e aos demais serviços do grupo. Como parte desse plano, as equipes devem trabalhar na compatibilidade total com hardware proprietário, incluindo dispositivos vestíveis recentemente adquiridos via Limitless. O objetivo é disponibilizar versões dos agentes que funcionem tanto em ambientes em nuvem quanto localmente, conforme necessidades dos usuários.
Embora não existam datas públicas para lançamentos, a companhia já sinalizou que pretende demonstrar avanços concretos ainda em 2025. O próximo grande marco esperado é a expansão dos modelos Llama, impulsionada pelo processamento adicional obtido com a infraestrutura da Manus.

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