Mercúrio desaparece do céu noturno durante conjunção

Mercúrio desaparece do céu noturno neste sábado, 13 de julho, a partir das 8h (horário de Brasília). O fenômeno, chamado de conjunção solar superior, ocorre quando o planeta passa entre a Terra e o Sol, mergulhando no brilho solar e tornando-se invisível por várias semanas.

Segundo o guia astronômico In-The-Sky.org, essa configuração se repete uma vez a cada 116 dias, duração do ciclo sinódico de Mercúrio. Nesta aproximação máxima, o planeta ficará a apenas 1°36’ do disco solar, distância angular insuficiente para ser detectado a olho nu ou por telescópios amadores.

Mercúrio desaparece do céu noturno durante conjunção

Para quem observa da Terra, o brilho intenso do Sol ofusca completamente o menor planeta do Sistema Solar. A partir de agora, ele permanecerá invisível até migrar para o céu da manhã, condição prevista para o fim de outubro, informa Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira.

Quase simultaneamente à conjunção, Mercúrio atinge o apogeu, seu ponto mais distante da Terra. Serão 1,38 Unidades Astronômicas (aproximadamente 207 milhões de quilômetros), o que reduzirá ainda mais o diâmetro aparente do astro caso fosse possível enxergá-lo neste período.

Apesar de pouco lembrado, Mercúrio possui uma tênue cauda composta de átomos de sódio, potássio, oxigênio, hidrogênio e hélio que emitem brilho quando excitados pela luz solar. A NASA explica que o vento solar arranca partículas da superfície, formando essa trilha luminosa que se estende por dezenas de milhares de quilômetros.

Extremos de temperatura também marcam o planeta: 430 °C no lado diurno e –180 °C no hemisfério noturno. Estudos recentes apontam que Mercúrio continua encolhendo, mas cientistas ainda divergem sobre a magnitude desse processo.

Em resumo, quem pretende observar Mercúrio precisará de paciência: o planeta só voltará a se destacar pouco antes do nascer do Sol no final de outubro, quando estará suficientemente afastado da nossa estrela para ser visto novamente.

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Crédito da imagem: Andrei Armiagov Shutterstock. Edição: Olhar Digital

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