Lockheed estuda lançar Orion em foguetes alternativos

Lockheed estuda lançar Orion em foguetes alternativos

Lockheed considera levar a cápsula Orion a futuras missões lunares usando foguetes diferentes do Space Launch System (SLS), estratégia que pode redefinir o programa Artemis da NASA.

A mudança surge após a proposta orçamentária dos Estados Unidos para 2026 sugerir o fim do financiamento para Orion e SLS depois da missão Artemis III, enquanto o Congresso discute estender voos até a Artemis V.

Lockheed estuda lançar Orion em foguetes alternativos

Anthony Byers, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Lockheed Martin, declarou que a empresa “já iniciou conversas” para oferecer a Orion como serviço completo, do controle em solo ao retorno da tripulação. Segundo o executivo, a agência “precisará migrar para uma opção comercial”, nos moldes dos contratos de carga e tripulação em órbita baixa.

Atualmente, o pesado SLS custa mais de US$ 2 bilhões por lançamento e permanece descartável. Já a cápsula Orion, com 35 toneladas, poderia alcançar a órbita lunar em veículos de grande porte concorrentes ou em lançamentos fracionados, nos quais um foguete envia o módulo e outro fornece impulso extra.

“Podemos criar arquiteturas para voar em outros veículos, mas ainda faltam estudos detalhados sobre vibrações e cargas térmicas”, comentou Kirk Shireman, vice-presidente do programa Orion.

A transição acompanha um esforço de redução de custos via reutilização. Inicialmente planejada para uso único, a Orion passará a aproveitar até 3 000 componentes entre as missões Artemis II e VI. O módulo de serviço, porém, continuará descartável, pois se desintegra antes da reentrada.

Howard Hu, gerente do programa Orion na NASA, descreveu uma abordagem “engatinhar, andar e correr” rumo à sustentabilidade, mirando corte de 50% no preço da cápsula entre Artemis II e V e mais 30% nas seguintes.

Enquanto isso, a tentativa de comercializar o SLS por meio da joint-venture Deep Space Transport, formada por Boeing e Northrop Grumman, não progrediu; nenhum contrato foi assinado e o projeto parece ter sido encerrado, conforme informou o site de referência Ars Technica.

Especialistas avaliam que, mesmo com a chegada de naves como Starship, da SpaceX, a Orion continuará necessária nesta década para missões tripuladas em espaço profundo. Ao propor um “plano B” de lançadores, a Lockheed se posiciona para competir em um mercado lunar cada vez mais comercial.

Para acompanhar outras inovações do setor, visite a editoria de Ciência e tecnologia e saiba como a indústria espacial transforma custos, prazos e possibilidades de exploração. Imagem: Lockheed Martin

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