Larry Ellison assume o centro do palco tecnológico em 2025 e supera Elon Musk em influência

Larry Ellison entra em 2025 como o nome mais citado quando se fala em poder e inovação no setor de tecnologia, superando previsões que apontavam Elon Musk como figura dominante do ano. Ao longo de doze meses de movimentos agressivos, o cofundador e presidente da Oracle Corp. deslocou o centro de gravidade do mercado, impulsionou megaprojetos de inteligência artificial e financiou fusões que reconfiguraram a indústria do entretenimento.
- Quem é Larry Ellison e por que Larry Ellison domina 2025
- A virada estratégica de Larry Ellison: Oracle prioriza inteligência artificial
- Contrato bilionário com a OpenAI dispara fortuna de Larry Ellison
- Família Ellison em Hollywood: Paramount, Warner Bros. e a projeção de Larry Ellison
- Riscos e desafios: queda das ações, liquidez e o futuro de Larry Ellison
- O termômetro Oracle: como os números de Larry Ellison guiam o mercado
- Próximos passos: cronograma de data centers e decisão sobre a Warner Bros.
Quem é Larry Ellison e por que Larry Ellison domina 2025
Aos 81 anos, o veterano empresário transformou a Oracle em um vetor de tendências financeiras e tecnológicas. A sua trajetória recente envolve presença constante na Casa Branca, parceria direta com gigantes como a OpenAI e articulações que conectam Washington a Hollywood. O destaque alcançado em 2025 não surgiu por acaso; ele foi construído a partir de relações políticas consolidadas, decisões de investimento audaciosas e um acompanhamento preciso do avanço da inteligência artificial.
O primeiro sinal dessa ascensão ocorreu logo após a posse presidencial. No dia seguinte à cerimônia, Ellison participou de um anúncio oficial ao lado de Donald Trump, do executivo Sam Altman, da OpenAI, e de Masayoshi Son, do SoftBank. Na ocasião, o trio apresentou o projeto Stargate, estimado em US$ 500 bilhões, que prevê infraestrutura voltada à inteligência artificial e a geração de 100 mil empregos. Esse encontro foi interpretado por analistas como prova da influência política do magnata e do peso da Oracle na formulação de políticas para tecnologia.
A virada estratégica de Larry Ellison: Oracle prioriza inteligência artificial
Historicamente reconhecida pelo domínio em bancos de dados, a Oracle empreendeu a maior expansão de data centers de sua história, todos otimizados para cargas de trabalho de IA. O ritmo das obras foi tão acelerado que a companhia registrou fluxo de caixa negativo, um evento sem precedentes desde o início dos anos 1990. O sinal de alerta nos balanços veio acompanhado de um posicionamento firme: sacrificar curto prazo para capturar o crescimento exponencial previsto para aplicações de larga escala em aprendizado de máquina.
Essa guinada definitiva rumo à IA não foi um movimento isolado. Em anos anteriores, Ellison demonstrara disposição para apoiar a permanência do TikTok nos Estados Unidos, chegando a planejar a compra da operação local da plataforma. A iniciativa, articulada no contexto de políticas do governo Trump, reforçou a imagem do executivo como solucionador de impasses envolvendo grandes volumes de dados e regulação.
Contrato bilionário com a OpenAI dispara fortuna de Larry Ellison
O passo mais espetacular de 2025 veio na forma de um contrato de aproximadamente US$ 300 bilhões para que a OpenAI alugue capacidade computacional da Oracle. A negociação transformou a startup de Sam Altman no maior cliente da companhia de Ellison. Assim que o escopo completo do acordo foi revelado ao mercado, as ações da Oracle saltaram, impulsionando o patrimônio do empresário.
Em um único pregão, a fortuna pessoal de Larry Ellison saltou US$ 89 bilhões, alcançando US$ 388 bilhões e, temporariamente, ultrapassando Elon Musk na lista dos mais ricos do planeta. O desempenho da ação serviu de termômetro para os investidores, que passaram a associar diretamente o valor de mercado da Oracle ao avanço da inteligência artificial. Ainda que o crescimento expressivo tenha sido revertido em parte por correções posteriores, o episódio marcou a virada simbólica em que Ellison assumiu o posto de principal referência do setor no ano.
Família Ellison em Hollywood: Paramount, Warner Bros. e a projeção de Larry Ellison
Enquanto consolidava contratos de computação em nuvem, o bilionário direcionava recursos para os planos de seu filho, David Ellison, no entretenimento. Em agosto, a Skydance Media, empresa fundada por David, concluiu a aquisição do controle da Paramount. O aporte financeiro da transação saiu majoritariamente dos cofres do patriarca, confirmando que a influência da família não se limita ao segmento de software corporativo.
Definido o primeiro alvo, os Ellison partiram para uma segunda empreitada: a compra da Warner Bros. Discovery Inc. A companhia de mídia expressou preferência inicial por uma proposta da Netflix, considerada mais segura, mas a família optou por manter a ofensiva por meio de uma oferta hostil. Para viabilizar a operação, Larry Ellison ofereceu garantias de financiamento que somam US$ 40,4 bilhões, sinalizando disposição para assumir riscos elevados em troca de consolidar um conglomerado de entretenimento sob gestão familiar.
Riscos e desafios: queda das ações, liquidez e o futuro de Larry Ellison
O volume de garantias oferecido ao mercado surgiu em um momento de cautela. Após o pico obtido com o anúncio da parceria com a OpenAI, as ações da Oracle passaram por correção e investidores demonstraram ceticismo quanto aos gastos bilionários em novos data centers. A retração reduziu o patrimônio de Larry Ellison para menos de US$ 250 bilhões, posicionando-o na quinta colocação entre as pessoas mais ricas do mundo.
Grande parcela dessa riqueza continua concentrada em ações da própria Oracle, o que traz desafios de liquidez caso o empresário precise materializar rapidamente os recursos prometidos para fusões e aquisições. O contraste com fases anteriores da vida do bilionário é evidente: antes de 2025, ele dedicava esforços à compra de ativos de luxo, como a ilha de Lanai; agora, seu capital está intrinsecamente atrelado à corrida global pela liderança em IA e à consolidação de um estúdio multimídia que pode redefinir a dinâmica de Hollywood.
O termômetro Oracle: como os números de Larry Ellison guiam o mercado
A relação direta entre a fortuna do empresário e o preço das ações da Oracle transformou-se em indicador informal para analistas financeiros. Flutuações na cotação da companhia refletem rapidamente no ranking dos mais ricos e funcionam como espelho das expectativas do mercado em relação ao avanço das iniciativas de IA. Esse comportamento reforça a percepção de que o desempenho de Ellison se tornou parâmetro para avaliar não apenas a Oracle, mas a viabilidade de megaprojetos que pretendem escalar a computação em nuvem a níveis inéditos.
Nesse cenário, o mercado observa com atenção dois pontos críticos: a conclusão da expansão dos data centers e a execução, ou não, das garantias de US$ 40,4 bilhões destinadas à tentativa de compra da Warner Bros. Discovery. Ambos os tópicos permanecem no radar porque podem redefinir, mais uma vez, o patamar de influência financeira do magnata.
Próximos passos: cronograma de data centers e decisão sobre a Warner Bros.
Os investidores aguardam a divulgação de marcos de construção dos novos data centers, cujo ritmo acelerado provocou o primeiro fluxo de caixa negativo da Oracle em mais de três décadas. Paralelamente, o mercado monitora a resposta da Warner Bros. Discovery à oferta hostil liderada por David Ellison, sustentada pelas garantias de seu pai. O desfecho dessas iniciativas determinará o grau de exposição financeira de Larry Ellison e, por extensão, a posição que ele ocupará no balanço de poder do setor tecnológico e de mídia ao longo de 2025.

Conteúdo Relacionado