Lançamentos de filmes: estreias de 18 de dezembro misturam épico em Pandora, comédias sobre amor e dramas de poder

Os lançamentos de filmes desta quinta-feira, 18 de dezembro, formam um painel abrangente que vai do espetáculo visual ambientado em Pandora a dramas intimistas sobre separação, poder, arte e reconstrução de identidades. A lista oficial de estreias reúne produções dos Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Espanha e Uruguai, confirmando a diversidade temática e geográfica que marca a programação dos cinemas brasileiros nesta semana.

Lançamentos de filmes trazem retorno a Pandora e novo desafio para a família Sully

O título de maior apelo comercial é a continuação da saga criada por James Cameron. O cineasta, que assina direção e roteiro ao lado de Rick Jaffa, conduz o espectador novamente ao planeta Pandora para acompanhar uma fase delicada na vida de Jake Sully e Neytiri. Depois da guerra contra a presença humana e do luto pela morte do filho mais velho, o casal enfrenta outra ameaça: o Povo das Cinzas. Trata-se de uma tribo Navi que habita regiões vulcânicas, domina o fogo e é liderada por Varang, interpretada por Oona Chaplin.

Entre o quem e o onde, o longa reúne Sam Worthington (Jake) e Zoe Saldana (Neytiri) em novos cenários que misturam floresta e atividade vulcânica, enfatizando o contraste natural de Pandora. O porquê do conflito se desdobra em duas frentes. De um lado, os humanos retomam esforços de exploração do planeta; de outro, a ascensão interna do Povo das Cinzas coloca em risco tanto a família Sully quanto o frágil equilíbrio ecológico e cultural dos Navi. A promessa do projeto é avançar nos limites emocionais e físicos dos protagonistas, mantendo a combinação de ação, aventura, fantasia e ficção científica que caracterizou o capítulo anterior.

Drama nacional usa humor para discutir relacionamentos e memória afetiva

Entre os lançamentos de filmes com produção brasileira, a estreia codirigida por Fred Mayrink e Naura Schneider aposta no diálogo entre comédia e romance. A jornalista Joana, vivida pela própria Schneider, descobre que passou exatos 25 anos — ou “Bodas de Prata” — em estado conjugal se somar quatro ex-maridos. Para transformar a constatação em evento, ela convida todos os antigos parceiros para um jantar, omitindo a lista de convidados de cada um. A estratégia inusitada expõe constrangimentos, lembranças divertidas e tensões ainda não resolvidas.

O quando e o como se fundem numa noite que rapidamente foge ao controle. Chegadas inesperadas, conversas interrompidas e discussões ressurgem, enquanto Joana conta com o apoio da melhor amiga Andrea, interpretada por Monique Curi, para mediar crises e sustentar o clima celebratório. O longa propõe reflexão sobre distintas formas de amar, sobre envelhecimento e sobre o modo como memórias individuais podem ser revisitadas coletivamente.

Lançamentos de filmes revivem bastidores de ‘Acossado’ e a gênese da Nouvelle Vague

A coprodução francesa dirigida por Richard Linklater assume formato de biografia dramática com toques de comédia. O enredo situa-se nas ruas de Paris ao final dos anos 1950, período que assiste ao surgimento da Nouvelle Vague. O foco recai na transformação de Jean-Luc Godard, interpretado por Guillaume Marbeck, de crítico da revista Cahiers du Cinéma a diretor que romperia convenções narrativas no clássico Acossado. Filmado em preto e branco, o projeto destaca a energia juvenil e o caos criativo que permearam aquela produção.

Outro personagem essencial, Jean-Paul Belmondo, vivido por Aubry Dullin, é mostrado como símbolo de uma nova masculinidade no cinema, distante dos estereótipos de galã vigentes à época. Ao ressaltar a quebra de regras formais, o filme presta homenagem ao poder transformador da linguagem cinematográfica. No porquê dessa abordagem, a equipe indica interesse em sublinhar o impacto artístico e cultural da Nouvelle Vague, movimento que redefiniu enquadramentos, montagem e narrativa, influenciando gerações posteriores.

Thriller europeu examina arte, poder e repressão nos bastidores do cinema egípcio

Assinado por Tarik Saleh, o drama de suspense reúne Alemanha, Dinamarca, Finlândia, França e Suécia numa coprodução que retrata as pressões políticas exercidas sobre artistas. O protagonista George El-Nabawi, interpretado por Fares Fares, é um astro egípcio cujo prestígio desmorona após entrar em rota de colisão com autoridades do próprio país. Coagido a aceitar o papel principal em um filme encomendado pelo governo, ele é puxado para o centro de uma engrenagem de propaganda.

O como do enredo expõe mecanismos de vigilância: supervisão constante, roteiros controlados e confiança forçada entre militares e cineastas. A tensão aumenta quando George inicia romance proibido com a esposa de um general responsável pela produção, criando ameaça direta à sua segurança. Dessa forma, o longa entrelaça arte, censura e desejo num ambiente em que cada escolha pode significar capitulação ou resistência.

Lançamentos de filmes espanhóis e franceses transformam separação em festa

Da aliança entre Espanha e França surge outra comédia dramática de tom leve e autorreflexivo. Dirigido por Jonás Trueba, o filme acompanha Ale, diretora de cinema interpretada por Itsaso Arana, e Alex, ator vivido por Vito Sanz. Após 15 anos de casamento, o casal decide se separar de forma amigável e transformar o fim do vínculo em um “descasamento” festivo.

A iniciativa parte de uma piada feita pelo pai de Ale e evolui para um evento que envolve convidados, registros em vídeo e a tentativa de documentar emoções contraditórias. Ao longo dos preparativos surgem reações inesperadas de amigos e familiares, além de dúvidas internas sobre a decisão. A presença de uma câmera evidencia o recorte metalinguístico: Ale transforma o rito pessoal em material fílmico, provocando reflexão sobre limites entre vida íntima e criação artística.

Drama uruguaio destaca reconstrução feminina ao som do tango

Concluindo o conjunto de lançamentos de filmes da semana, o drama dirigido por Laura González viaja ao Uruguai para narrar o processo de renascimento de Rosa, interpretada por Paulina García. A protagonista passou décadas em relacionamento abusivo que a isolou do convívio social e até de seu filho. A morte do marido abre espaço para liberdade inesperada, mas também para o desconforto de lidar com traumas antigos.

No caminho de Rosa surge Juan, personagem de César Troncoso, porém o longa sublinha que o principal elo de recuperação ocorre através do tango. Essa escolha narrativa coloca a dança como metáfora de autonomia e redescoberta do desejo. O como envolver-se novamente com o mundo é explorado em detalhes: Rosa avalia feridas emocionais, testa limites e encontra no ritmo tradicional uma rota possível para viver com intensidade após anos de opressão.

Onde e quando assistir aos lançamentos de filmes desta semana

Todas as produções descritas estreiam oficialmente em salas brasileiras nesta quinta-feira, 18 de dezembro. Os horários de exibição variam de acordo com a cidade e o complexo, podendo ser consultados em plataformas especializadas como Ingresso.com e Adoro Cinema. Com esse conjunto de gêneros — do épico de ficção científica ao drama intimista —, o público encontra opções que transitam por aventura, romance, sátira, suspense político e música, refletindo diferentes formas de abordar conflitos pessoais e coletivos.