Julio César Chávez Jr deportado dos EUA para o México
Julio César Chávez Jr deportado dos EUA para o México
Julio César Chávez Jr deportado dos EUA para o México, 39 anos, encontra-se detido em Hermosillo após ser entregue pelas autoridades norte-americanas para responder a acusações de crime organizado e tráfico de armas.
Julio César Chávez Jr deportado dos EUA para o México
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) confirmou que o ex-campeão mundial foi removido do país na madrugada de terça-feira, após ter sido preso pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE) em 3 de julho, por permanência irregular e falsas declarações em pedido de green card. Segundo o DHS, Chávez Jr é suspeito de integrar o Cartel de Sinaloa, classificado pelos EUA como Organização Terrorista Estrangeira.
Já em território mexicano, o pugilista foi encaminhado a um presídio federal em Hermosillo, no estado de Sonora. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, confirmou em coletiva matinal que o mandado de prisão contra o atleta permanecia ativo desde janeiro de 2023, por tráfico de armas, munições e explosivos. “Fomos informados de que ele chegaria hoje para responder perante a justiça mexicana”, declarou.
De acordo com Alejandro Gertz Manero, procurador-geral da República, a investigação teve início em 2019 e aponta o esportista como colaborador logístico do cartel. Documentos judiciais citam inclusive uma detenção em janeiro de 2024, em Los Angeles, quando foram apreendidos dois fuzis do tipo ghost gun; na ocasião, ele saiu sob fiança de US$ 50 mil e a obrigação de frequentar uma clínica de reabilitação.
Em julho último, poucos dias depois de enfrentar o influenciador Jake Paul em Anaheim, Chávez Jr foi surpreendido por dezenas de agentes federais enquanto pilotava uma scooter em Studio City, bairro nobre de Los Angeles. Assistente-secretária do DHS, Tricia McLaughlin criticou a falta de ação de administrações passadas: “Sob o presidente Trump, ninguém está acima da lei”, afirmou em nota reproduzida pelo DHS.
Advogado do boxer, Michael Goldstein classificou as acusações como “estapafúrdias” e pediu que o caso seja julgado sem “pressão externa”. A família também declarou ao Los Angeles Times acreditar na inocência do lutador.
Com a deportação concretizada, caberá agora às autoridades mexicanas conduzir o processo criminal que pode resultar em penas severas por crime organizado. O desfecho será acompanhado de perto pelo setor esportivo e pelos órgãos de segurança dos dois países.
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Crédito da imagem: Global News

Imagem: Getty