Jogo Keeper: análise da aventura artística do Xbox

Jogo Keeper: análise da aventura artística do Xbox chega para mostrar que ainda há espaço para experiências autorais dentro da Microsoft. Desenvolvido pela Double Fine Productions, o título foi anunciado no Xbox Game Showcase de junho de 2025 e já está disponível para PC e Xbox Series S|X, incluso no Game Pass Ultimate.
Adquirida pela Microsoft em junho de 2019, a Double Fine retoma aqui a veia experimental vista em clássicos como Full Throttle, Grim Fandango e Psychonauts 2. Keeper recebeu divulgação tímida — apenas um trailer e um podcast com o diretor Lee Petty —, mas entrega uma jornada singular centrada na amizade entre um farol vivo e a ave Ramo.
Jogo Keeper: análise da aventura artística do Xbox
História contada sem uma palavra
Todo o enredo é apresentado visualmente, convidando o jogador a “sentir” em vez de “entender”. O farol desperta em uma ilha isolada e, guiado por Ramo, precisa alcançar o topo de uma montanha para enfrentar uma força sobrenatural. A narrativa silenciosa reflete, segundo Petty, uma reflexão nascida durante a pandemia: como a vida seguiria sem os humanos.
Jogabilidade simples, mas evolutiva
Keeper dispensa telas de “game over”. A câmera fixa em terceira pessoa orienta a exploração enquanto o foco de luz do farol resolve quebra-cabeças ambientais. Não há tutoriais invasivos: o level design conduz intuitivamente por cenários que se transformam conforme a história avança. A ausência de múltiplos espaços de save é a principal limitação, embora seja possível revisitar capítulos após a conclusão.
Visual psicodélico e marcante
Texturas realistas dão lugar a cores vibrantes e criaturas quase pictóricas. A progressão cromática — dos tons sóbrios iniciais às explosões visuais finais — lembra, e até supera, a ousadia de Psychonauts 2. Como observou o portal GamesIndustry.biz, a Double Fine mantém viva a tradição de games que se posicionam como obras de arte interativas.
Vale a pena?
Com campanha curta e foco na contemplação, Keeper não mira quem busca ação incessante, mas recompensa jogadores abertos a experiências intimistas. Pontos fortes incluem:
- Estilo artístico ousado;
- Narrativa emocional sem diálogo;
- Gameplay acessível, porém dinâmico.
Entre as fraquezas, destacam-se a câmera ocasionalmente confusa e a falta de profundidade para quem espera grande rejogabilidade. Ainda assim, pelo preço sugerido de R$ 99 ou via assinatura do Game Pass, a aventura merece atenção.
Em síntese, Keeper ilumina um caminho que a própria Xbox parece trilhar cada vez menos: experiências autorais, poéticas e inesquecíveis. Resta torcer para que iniciativas assim continuem ganhando espaço dentro do ecossistema da Microsoft.
Quer acompanhar mais análises e tendências do universo dos games? Visite nossa editoria de Notícias e tendências e continue navegando pelos conteúdos que importam para você.
Crédito: Divulgação/Microsoft
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Postagens Relacionadas