Jatos russos violam espaço aéreo da Estônia

Jatos russos violam espaço aéreo da Estônia ao sobrevoarem a ilha de Vaindloo por 12 minutos, na manhã de sexta-feira (9h58 às 10h10, horário local). A Força Aérea da Estônia confirmou que três MIG-31 ingressaram sem autorização, ignorando sinais enviados por caças F-35 italianos que participam da missão Baltic Air Policing da OTAN.

Segundo o coronel Ants Kiviselg, chefe do Centro de Inteligência Militar estoniano, radares e contato visual comprovaram a incursão. A violação foi a quarta registrada em 2024 e, embora não representasse ameaça imediata, evidenciou que os pilotos “sabiam onde estavam”.

Jatos russos violam espaço aéreo da Estônia

Os aviões decolaram de Petrozavodsk, noroeste da Rússia, com destino a Kaliningrado. Depois de serem acompanhados por dois caças finlandeses, foram interceptados pelos italianos a partir da Base Aérea de Ämari e escoltados até águas internacionais. Moscou nega qualquer invasão, alegando que manteve distância de 3 km da ilha, mas Tallinn rebate, citando “múltiplos sensores e identificação visual”.

O episódio ocorre menos de uma semana após cerca de 20 drones russos adentrarem o espaço aéreo da Polônia, aumentando a pressão sobre a defesa do flanco leste da Aliança. A Estônia, por meio do ministro das Relações Exteriores, Margus Tsahkna, classificou a ação como “gravíssima” e anunciou que pedirá consultas sob o Artigo 4 do Tratado da OTAN, mecanismo usado quando a integridade territorial está ameaçada.

Em entrevista, o ministro da Defesa Hanno Pevkur afirmou que o objetivo russo pode ser “desviar recursos ocidentais da Ucrânia”. Já o presidente tcheco, Petr Pavel, declarou que a Aliança deve responder “de forma adequada”, inclusive com a possibilidade de abater aeronaves em futuras violações.

Especialistas lembram que, em 2015, a Turquia derrubou um caça russo após 17 segundos de invasão, criando precedente para ações mais contundentes. A OTAN, porém, avalia cada caso. Para entender as diretrizes do bloco sobre soberania aérea, consulte o site oficial da OTAN.

Enquanto isso, Tallinn reforça que não há motivos para acionar o Artigo 5, a cláusula de defesa coletiva, apesar dos ataques híbridos atribuídos ao Kremlin — que incluem sabotagem, ciberataques e campanhas de influência.

Os aliados continuam monitorando rotas, comunicações e armamentos russos, prontos para reagir a novas infrações. A expectativa é de que as consultas do Artigo 4 resultem em medidas dissuasórias adicionais ao longo do Báltico.

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Crédito da imagem: Globalnews.ca

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