Israel lembra 7 de outubro e discute paz para Gaza

Israel lembra 7 de outubro em várias cerimônias nesta terça-feira, enquanto delegações israelenses e do Hamas prosseguem no Egito com negociações sobre um possível acordo de paz para Gaza.
O ataque de 2023 deixou mais de 1.200 mortos e 251 sequestrados, configurando o dia mais letal para judeus desde o Holocausto. A ofensiva militar israelense subsequente já provocou mais de 67 mil mortes em Gaza, segundo o ministério da Saúde controlado pelo Hamas, números considerados confiáveis pela ONU.
Israel lembra 7 de outubro e discute paz para Gaza
Em Tel Aviv, famílias organizaram um memorial transmitido por emissoras nacionais, seguido por um minuto de silêncio observado em todo o país. O governo adiou os tributos oficiais para 16 de outubro, após o fim das festas judaicas, mas atos independentes ocorreram em Jerusalém, Tel Aviv e no kibutz Re'im, local do festival Nova, onde 378 pessoas morreram.
Ao mesmo tempo, representantes de Israel e do Hamas participam do segundo dia de conversas indiretas em Sharm el-Sheikh, mediadas pelo Egito e por enviados do presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner. Segundo um alto funcionário palestino, a rodada matinal terminou sem avanços concretos, com impasses sobre mapas de retirada israelense e garantias para evitar a retomada dos combates.
Os negociadores discutem cinco pontos: cessar-fogo permanente; troca de reféns por prisioneiros palestinos; retirada total das tropas israelenses; fluxo de ajuda humanitária; e administração de Gaza no pós-guerra. “Temos uma boa chance de selar um acordo duradouro”, disse Trump antes da viagem de seus emissários.
Do lado israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o país combina “dor imensa” e “resiliência milagrosa”. Ele reiterou que os objetivos permanecem a libertação de todos os sequestrados, a eliminação do Hamas e a garantia de que Gaza jamais volte a ameaçar Israel. Atualmente, 48 reféns permanecem no enclave, 20 deles considerados vivos.
Fora das salas de negociação, o conflito prossegue. A aviação israelense bombardeou bairros de Gaza City, e hospitais relatam falta crítica de recursos. A UNICEF descreveu bebês prematuros dividindo a mesma fonte de oxigênio no hospital Nasser, em Khan Younis. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, 25 dos 38 hospitais estão fora de serviço.
Analistas lembram que cerca de 70% dos israelenses apoiam a troca de reféns pelo fim da guerra. Manifestantes diante da residência de Netanyahu pediram flexibilidade: “Precisamos de qualquer compromisso necessário para trazer todos para casa”, afirmou Atalia Regev, parente de um refém.
Mais detalhes sobre o andamento dos diálogos podem ser acompanhados no relatório da BBC, que monitora os bastidores das tratativas.
Os próximos dias serão decisivos para definir se o cessar-fogo avança ou se a luta se intensifica. Para acompanhar atualizações e análises sobre tecnologia de defesa e cenários geopolíticos, visite nossa editoria de Notícias e Tendências.
Crédito da imagem: AFP via Getty Images
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