Israel ataca Hamas no Qatar nesta terça-feira, ampliando sua campanha militar contra o grupo e provocando forte repúdio de diversas nações árabes e europeias.
Segundo porta-voz das Forças de Defesa de Israel, a ofensiva foi conduzida pela aeronáutica e mirou líderes do Hamas supostamente envolvidos no ataque de 7 de outubro. Apesar das explosões, aeronaves da Qatar Airways continuaram a pousar em Doha, enquanto ao menos um jato da força aérea catariana decolou para patrulhamento.
Israel ataca Hamas no Qatar e gera reação global
O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, declarou nas redes sociais que “não há esconderijo para terroristas” e elogiou a “operação corajosa e precisa” em Doha. Autoridades do Hamas não comentaram imediatamente, mas o governo do Catar, mediador das negociações de cessar-fogo em Gaza, ainda não confirmou danos ou vítimas.
Iraque classificou o ataque como “ato covarde” e “violação flagrante da soberania” catariana. Em Nova York, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse condenar “esta fragrante violação” e pediu a todas as partes que trabalhem por um cessar-fogo permanente, não por sua destruição.
A reação europeia também ganhou destaque. O chanceler espanhol José Manuel Albares proibiu a entrada dos ministros israelenses Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich após Madrid considerar as operações em Gaza “extermínio de um povo indefeso”. Israel retaliou barrando dois integrantes do governo espanhol e, segundo o primeiro-ministro Pedro Sánchez, a Espanha formalizou embargo de armas e vetou navios com combustível destinado ao Exército israelense em seus portos.
Para a Liga Árabe, o ataque demonstra que Israel “não se preocupa com as consequências de seus atos vergonhosos”, afirmou o secretário-geral Ahmed Abou Gheit em comunicado.
Em meio às críticas, veículos internacionais, como a BBC, destacam que a ofensiva ocorre enquanto as negociações para libertação de reféns e fim dos combates em Gaza parecem estagnadas.
O episódio reforça a escalada regional do conflito e coloca em xeque os esforços diplomáticos do Catar, considerado peça-chave nas tentativas de mediação.
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Crédito da imagem: Globalnews.ca