Israel ameaça destruir Gaza se Hamas manter reféns
Israel ameaça destruir Gaza se Hamas manter reféns
Israel ameaça destruir Gaza se Hamas manter reféns foi o alerta lançado nesta sexta-feira (21) pelo ministro da Defesa Israel Katz, que condicionou o cessar-fogo à libertação de todos os sequestrados e ao desarmamento completo do grupo palestino.
Israel ameaça destruir Gaza se Hamas manter reféns
Katz comparou o possível avanço militar à devastação vista em Rafah e Beit Hanoun, prometendo que “os portões do inferno se abrirão sobre os assassinos e estupradores do Hamas”. A ameaça surge um dia depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizar o Exército a preparar uma ofensiva em grande escala contra a Cidade de Gaza, considerada ainda um bastião do movimento.
O Hamas rebateu, dizendo que a declaração equivale a “confissão de crime de limpeza étnica” e reiterou que só aceita libertar reféns dentro de um acordo que inclua o fim da guerra e negociações para um Estado palestino, mas rejeita a entrega das armas.
Enquanto isso, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a postura do Hamas nas negociações mediadas por Egito e Catar, afirmando que “a extorsão precisa acabar”. Netanyahu ordenou a retomada de conversas para libertar os cerca de 50 reféns ainda em Gaza, dos quais Tel Aviv acredita que apenas 20 estejam vivos.
O avanço israelense alarma organizações humanitárias. A Integrated Food Security Phase Classification (IPC), principal referência global em crises alimentares, confirmou estado de fome na Cidade de Gaza, onde quase 500 mil pessoas — um quarto da população do território — enfrentam risco de morte por inanição. A ONU adverte que a catástrofe se ampliará caso continuem os combates e as restrições à assistência.
Israel contesta o relatório e sustenta ter permitido a entrada de ajuda suficiente, embora tenha barrado completamente a importação de alimentos entre março e maio. Fotos de crianças desnutridas levaram Tel Aviv a flexibilizar o bloqueio, mas as agências da ONU afirmam que o volume ainda é insuficiente.
No campo de batalha, o Exército intensificou bombardeios nos bairros Zeitoun e Sheikh Radwan, onde um ataque a uma escola matou ao menos sete pessoas, segundo registros do Hospital Shifa. Autoridades médicas de Gaza reportam 62.263 mortos desde 7 de outubro de 2023, metade mulheres e crianças. Israel não divulga números próprios.
Netanyahu sustenta que “derrotar o Hamas e libertar os reféns caminham juntos”. Porém, familiares das vítimas temem que a invasão condene os sequestrados sobreviventes. Já deslocados internos, sem recursos para fugir novamente, afirmam que “em nenhum lugar de Gaza há segurança”.
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Crédito da imagem: Globalnews.ca

Imagem: Wafaa Shurafa And Sam Metz