Interseccionalidade revela exclusões ocultas nas empresas

Interseccionalidade revela exclusões ocultas nas empresas

Interseccionalidade revela exclusões ocultas nas empresas ao mostrar como raça, gênero, classe social e outras identidades se entrelaçam para criar barreiras muitas vezes invisíveis, segundo especialistas que analisam a diversidade desde 17 de agosto de 2025.

Interseccionalidade revela exclusões ocultas nas empresas

O conceito de interseccionalidade, cunhado pela jurista norte-americana Kimberlé Crenshaw, parte da ideia de que desigualdades não atuam isoladamente. Uma mulher branca pode sofrer machismo, mas uma mulher negra ou com deficiência enfrenta camadas adicionais de discriminação que políticas convencionais de inclusão não capturam.

Nos ambientes corporativos, essa abordagem ganhou força porque evidenciou lacunas em programas que focavam em um único marcador — seja gênero, seja raça. Ao ignorar como esses marcadores se sobrepõem, as empresas correm o risco de promover a inclusão de um grupo e, simultaneamente, perpetuar outras formas de exclusão.

Grandes multinacionais já adaptam suas estratégias. A Intel, por exemplo, instituiu metas públicas que cruzam dados de gênero, raça, deficiência e orientação sexual, criando indicadores interseccionais para monitorar avanços. Redes de afinidade, como a Disability and Accessibility Network e o Intel Black Leadership Council, colaboram para mapear obstáculos específicos que afetam colaboradores com múltiplas identidades.

Essa análise detalhada de dados permite ajustar iniciativas de desenvolvimento e mentoria. Programas internos são revistos para contemplar quem lida com múltiplas barreiras históricas, garantindo não apenas acesso, mas suporte contínuo e visibilidade. Especialistas avaliam que essa prática torna o ambiente organizacional mais criativo, resiliente e alinhado às demandas sociais.

A relevância do tema transcende o setor privado. A ONU Mulheres destaca que políticas interseccionais ampliam oportunidades e reduzem desigualdades de maneira sustentada, servindo de referência para governos e organizações globais.

No Brasil, empresas que desejam avançar precisam investir em escuta ativa, revisitar benefícios e promover fóruns de diálogo que considerem raça, gênero, deficiência e classe de forma integrada. Recomenda-se ainda a coleta de dados segmentados para embasar decisões e medir resultados concretos.

Quer saber como a tecnologia apoia iniciativas de diversidade? Leia também nosso artigo sobre inovação corporativa em onlinedigitalsolucoes.com e descubra outros caminhos para fomentar inclusão no seu negócio.

Crédito da imagem: Getty Images

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Imagem: Internet

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