Inteligência artificial na reciclagem agiliza descarte
Inteligência artificial na reciclagem agiliza descarte
Inteligência artificial na reciclagem agiliza descarte ao transformar a forma como cidades lidam com mais de uma tonelada de resíduos por pessoa, problema que afeta tanto o Brasil quanto os Estados Unidos.
Inteligência artificial na reciclagem agiliza descarte
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento indicam que cada brasileiro descarta 1,1 kg de resíduos por dia, cerca de 381 kg anuais. Nos Estados Unidos, o volume ultrapassa uma tonelada por habitante. Para conter o avanço desse passivo ambiental, o Departamento de Saneamento de Nova York e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) apostam em soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e robótica.
O modelo de fluxo único simplifica a rotina doméstica: moradores depositam todo o lixo em uma única lixeira; câmeras identificam materiais, e robôs guiados por IA separam itens recicláveis em instalações remotas. A meta, explica Carlo Ratti, diretor do Senseable City Lab do MIT, é criar um sistema circular que maximize a reutilização.
Para resíduos orgânicos que não podem ser reciclados, Nova York lançou um programa que exige pequenos recipientes de compostagem em cada residência. Paralelamente, bairros como o Harlem testam a conteinerização, com grandes lixeiras comunitárias que substituem sacos plásticos espalhados nas calçadas.
A automação também avança na etapa de coleta. A Oshkosh Corp., do Wisconsin, desenvolve robôs elétricos sob demanda que buscam o lixo na porta dos moradores e o despejam em pontos centrais. A empresa apresentou ainda um conceito de caminhão de lixo totalmente elétrico, solução que, combinada a algoritmos de roteirização, reduz ruído e frequência das coletas, destaca o comissário interino de saneamento Javier Lojan.
Especialistas lembram que adotar IA na reciclagem não resolve o problema sozinho. É preciso educar a população e ampliar a infraestrutura de triagem para evitar que materiais valiosos acabem em aterros sanitários.
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Crédito da imagem: kanvag/Shutterstock
Imagem: kanvag
