Hell Is Us chegou em 4 de setembro aos consoles e ao PC trazendo uma proposta rara: incentivar a exploração sem qualquer apoio de mapas ou marcadores. Desenvolvido desde 2022, o título une guerra civil, criaturas de origem desconhecida e múltiplos caminhos narrativos para colocar o jogador no controle de Remi em sua busca pessoal por respostas.
Logo nas primeiras horas, o game apresenta um país devastado pelo conflito entre palomistas e sabinianos, enquanto seres vindos de outra dimensão tornam o cenário ainda mais caótico. A ambientação é deliberadamente ampla e confusa, exigindo que o jogador decifre pistas, abra portas trancadas e volte a áreas já visitadas para prosseguir.
Hell Is Us impressiona com exploração sem mapas
A ausência de um minimapa transforma cada região de Hadea em um quebra-cabeça vivo. Trilhas que se perdem em montanhas, túneis repletos de chaves escondidas e masmorras cheias de enigmas remetem à nostalgia de Resident Evil e aos caminhos labirínticos de soulslikes. Para se localizar, resta confiar na bússola — frequentemente inútil — e, principalmente, no sistema de Investigação, que organiza pistas colhidas em diálogos e objetos.
Apesar da complexidade dos cenários, o combate é acessível. A Energia Límbica permite recuperar vida com um simples comando, reduzindo a frustração comum em jogos punitivos. O arsenal evolui conforme é usado, e o drone do protagonista adiciona habilidades que vão de paralisação a ataques quase letais. Ainda assim, inimigos repetitivos e lutas pouco desafiadoras figuram entre as principais críticas.
No PC, Hell Is Us surpreende pelo desempenho. Mesmo no Ultra, testes com placa GeForce 4070 Ti Super e processador Intel i7 14700K registraram 120 fps estáveis. A direção de arte valoriza cada bioma, do Lago Cynon às trincheiras da Floresta Senedra, embora alguns NPCs careçam de refinamento. Animações dramáticas pontuam a história, reforçando o tom crítico sobre fé e responsabilidade em tempos de guerra — debate que o roteiro deixa ao jogador interpretar.
Outro destaque é a liberdade moral: missões secundárias permitem ajudar sobreviventes a reencontrar parentes ou objetos sentimentais. Concluir essas tarefas rende itens úteis e informações que podem mudar o rumo da história, mas nada é obrigatório, reforçando a premissa de múltiplos finais.
Para um panorama externo sobre a recepção do jogo, consulte a análise publicada pelo GameSpot, que também elogia a ousadia em abandonar convenções de interface.
Com nota 90 pela redação que avaliou o título, Hell Is Us se consolida como experiência imperdível para quem busca liberdade exploratória, narrativa madura e performance consistente, ainda que com combates pouco exigentes.
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Crédito da imagem: Voxel